Acompanhar o que é feito em seu veículo é uma questão de segurança e de prevenção de como não ser enganado ao comprar peças. Em uma manutenção, seja preventiva ou corretiva, é fundamental que as trocas ou inclusões levem em conta o que diz o Manual do proprietário, bem como as recomendações do fabricante.
Quando isso não acontece, as chances de o automóvel voltar em breve ao mecânico são grandes. Essa é uma das razões pelas quais alguns “profissionais” investem nessa prática, pois, para eles, é vantajoso e lucrativo. Gastam menos na compra de peças e ainda garantem que o cliente retorne, para resolver o novo problema, originado, quase sempre, pelo mau negócio. Como contornar essa situação?
Descubra como não ser enganado ao comprar peças!
Se o assunto é peça automotiva falsificada, o prejuízo é significativo. De acordo com a estimativa da Comissão Federal de Comércio, o número chega a 12 bilhões de dólares. No Brasil, o órgão que acompanha é a Associação Brasileira do Combate à Falsificação e, segundo ela, perde-se R$ 3 bilhões em arrecadação por causa das falsificações.
O setor automobilístico é o segundo que mais sofre com a pirataria (o primeiro é o de cigarros). Geralmente, elas vêm do Paraguai ou da China e podem custar até 30% a menos do que as originais. Ainda de acordo com a ABCF, os mecânicos conseguem distingui-las, porém, em muitos casos, optam por usá-las mesmo assim, visto que, financeiramente falando, são uma alternativa melhor.
Existem algumas características simples que podem auxiliar o condutor a identificar se está diante de peças similares, originais, falsificadas ou usadas:
Os componentes originais são mais caros justamente por, em seu processo de produção, serem testados diversas vezes, pondo sua segurança e qualidade em cheque. Sem mencionar que, por serem produzidos pelos fornecedores das montadoras, eles funcionam melhor, encaixando-se perfeitamente nos sistemas veiculares, diminuindo consideravelmente as chances de um novo problema aparecer.
Com as peças falsificadas, acontece o contrário. Trata-se de um efeito dominó: o desempenho do carro vai caindo e, assim, aumentam as idas à oficina, aumentando consequentemente os gastos com manutenção e com a compra de componentes. Sendo assim, a exigência pelo uso de itens originais é uma questão de segurança, para o condutor, o veículo e o próprio bolso.
Além disso, é uma maneira de não contribuir para o crescimento do contrabando. Afinal, trata-se de uma prática criminosa, considerando que os produtos chegam e são comercializados sem inspeção e sem recolhimento de impostos. Essa economia não vale a pena!
Se você teme ser enganado ou simplesmente deseja zelar pelo seu automóvel, fique de olho nas nossas dicas e aplique-as na próxima visita ao mecânico. Confira!
Caso a oficina onde você costuma levar o seu veículo não promova abertamente a marca de suas peças, então, questione. Não sendo uma conhecida, investigue-a na internet, pergunte a amigos que também têm carro ou moto se eles conhecem, veja a reputação em fóruns online. Assim, poderá ficar mais tranquilo quanto à compra ou troca.
Embora nem todo mundo saiba ou solicite, a nota fiscal é um direito do consumidor. O estabelecimento que não a emite está burlando a legislação. Faça valer seu direito e exija-a. É por meio dela que seu produto tem garantia e você poderá trocá-lo, se for necessário (e estiver dentro do prazo da política de troca).
Se o mecânico não lhe passou confiança sobre a procedência do material, você mesmo pode fazer seu dever de casa e procurar uma loja de autopeças onde fazer a compra. Como citamos nos tópicos anteriores, sua prioridade deve ser comprar itens originais, da mesma marca que seu automóvel (ou recomendados por ela).
Mesmo que você não entenda nada sobre manutenção veicular, é interessante acompanhar o serviço de perto e assegurar que os componentes que foram vendidos são exatamente os mesmos que estão sendo utilizados no conserto realizado. Se não tiver tempo para isso, peça a alguém de sua confiança para fazê-lo. Afinal, se está investindo, nada mais justo que acompanhar o trabalho do profissional.
Geralmente, há diversas maneiras de se tornar cliente de uma oficina. Você pode pedir indicação a amigos, pesquisar na internet, receber a dica na concessionária etc. Pela facilidade desse fluxo, nem sempre atentamos a importância de buscar referências sobre o profissional que vai cuidar do carro. E isso é importante!
Seu automóvel estará sob a responsabilidade dele e, posteriormente, a sua segurança e a de todos que transportar. Vê como é relevante saber quem vai estar à frente da atividade? Então, pesquise e informe-se a respeito, antes de delegá-la.
Quando o serviço for concluído, se houve alguma troca, exija as peças que foram trocadas. Ficando na oficina, você não sabe que destino elas terão, sendo até mesmo possível que sejam reutilizadas, vendidas etc. Portanto, a melhor opção é ficar com elas. Dessa forma, se decidir vender o carro no futuro, poderá passar ao comprador o histórico com detalhes, demonstrando conhecimento e propriedade sobre o produto e a negociação.
Como você viu, cuidar do automóvel não é apenas zelo, mas investir na própria segurança e ajudar a combater atividades criminosas. Então, se o intuito é saber como não ser enganado ao comprar peças, aproveite as dicas que fornecemos na próxima visita à oficina.
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