Os automóveis podem ser considerados um dos principais meios de transporte nos grandes centros urbanos. Isso se deve aos vários benefícios garantidos por eles, como é o caso do conforto para deslocamentos de curta e longa distância se comparado a veículos de outros tipos, como as motocicletas, bicicletas e afins.
Com os grandes avanços na engenharia dos novos veículos, o mais adequado é que você compre um modelo que já tenha algumas tecnologias essenciais para a condução. Um exemplo disso é o controle eletrônico de estabilidade. Esse recurso permite aumentar a segurança dos passageiros e garante uma melhor eficiência na condução, sendo ideal para quem busca conforto e segurança.
Mesmo sendo uma tecnologia essencial, muitos motoristas ainda não conhecem os detalhes sobre esse tema. Sendo assim, com objetivo de ajudar você, preparamos este artigo contendo as principais informações sobre o controle eletrônico de estabilidade. Continue a leitura e fique por dentro de tudo!
Como tudo começou?
Antes de mais nada, é interessante falarmos sobre a origem desse sistema. O controle eletrônico de estabilidade foi pensado em meio a uma necessidade de aperfeiçoar o mecanismo de ABS dos automóveis. Sendo assim, na década de 70 as montadoras, já estava empenhadas em estudar dispositivos que evitam o bloqueio do freio, buscando atingir uma melhor performance desse equipamento, bem como otimizar o controle do veículo em derrapagem.
Depois de 10 anos de projetos e testes, no ano de 1991, a empresa alemã realizou uma parceria com a conterrânea Daimler, tendo o objetivo principal de pôr em prática o controle de estabilidade ligado ao sistema ABS. Ou seja, a intenção era melhorar o domínio do carro em situações de escape. Depois de mais de 4 anos de testes, o Mercedes-Benz S Coupé estreou a tecnologia que conhecemos hoje por controle eletrônico de estabilidade, em 1995.
O que é o controle eletrônico de estabilidade?
Agora que você já sabe como tudo começou, vamos falar sobre o que é, na prática, um sistema eletrônico de estabilidade. Para começar, é preciso ressaltar que a sua principal função é detectar desvios da trajetória do volante.
Tudo é possível graças aos vários sensores que, nas situações necessárias, acionam os freios de forma individual por meio de vários atuadores hidráulicos. Além do mais, esse mecanismo também leva em conta parâmetros específicos, como a RPM do motor e a velocidade do carro.
Vale ressaltar que os sensores estão localizados na central eletrônica que efetua o gerenciamento do controle de estabilidade. O sistema recebe vários parâmetros por segundo e cruza essas informações. Com isso, ele é capaz de detectar de forma simultânea qualquer anormalidade. Devido ao fato desse controle ocorrer em frações de segundos, o condutor normalmente não percebe quando ele age, mesmo quando pressiona continuamente o pedal do acelerador.
Desse modo, a única informação que o motorista tem de que o sistema está em funcionamento é a luz que acende localizada no painel. Mesmo que o controle eletrônico de estabilidade possa ajudar na segurança dos passageiros, ele não amplia a aderência dos pneus. Sendo assim, não se pode conseguir estabilidade absoluta. Ou seja, se o limite de aderência for atingido, não há como evitar um acidente.
Do que é composto o sistema?
Pode-se dizer que o sistema é formado por basicamente duas partes: hardware e software. Essa primeira parte compõe os atuadores, sensores, módulos de controle etc. Já o software tem a função de monitorar os sensores e atuadores, mantendo o perfeito funcionamento de todo o mecanismo. Sendo assim, o primeiro componente que podemos citar é o modulador hidráulico que é encontrado entre o cilindro mestre e os cilindros das rodas.
Sua função é realizar o controle da pressão hidráulica de maneira independente. Temos também o sensor de velocidade da roda. Como o próprio nome sugere, esse equipamento avalia a velocidade de rotação de cada roda individualmente. Outro sensor encontrado é o que mede o ângulo da direção, informando a posição do volante. Já o sensor yaw avalia se o carro está apresentando alguma tendência de ocorrer uma “guinada”, que é o giro sobre seu próprio eixo, devido a uma curva, por exemplo.
Os atuadores cumprem a função de ativar e desativar o sistema de freio, bem como a aceleração do veículo. Por fim, temos a unidade eletrônica de controle. Ela pode ser relacionada como o “cérebro” do conjunto e tem a função de gerenciar as informações dos sensores, enviando comandos aos atuadores.
Quais são os carros que já contêm controle eletrônico de estabilidade?
O controle eletrônico de estabilidade é uma tecnologia ainda recente nos carros do Brasil. No entanto, já é possível encontrar vários modelos que utilizam esse recurso, até mesmo nos veículos de entrada. Nos casos, como versões do Fiat Uno, já vem com o dispositivo instalado. Já o exemplo do modelo Drive 1.0 com o Kit Comfort Plus dispõe do controle eletrônico de estabilidade e tração, bem como assistente de partida em rampas.
Assim, como o Uno, outros carros compactos também estão saindo de fábrica equipados com esse controle. Dentro desse grupo, podemos citar o:
- Ford ka freestyle 1.5;
- Volkswagen Polo 1.0 TSI;
- Chery Tiggo 2 1.5;
- Toyota Etios 1.3;
- Honda Fit DX 1.5.
Embora esse recurso fosse oferecido normalmente nas versões mais completas, a tecnologia passou a ser estabelecida como obrigatória no Brasil, este ano. Todos os veículos novos precisão apresentar o equipamento de fábrica.
Essas foram as principais informações acerca do controle eletrônico de estabilidade e seu papel para a segurança e performance do veículo. Percebe-se que esse mecanismo cumpre uma função muito importante para o carro, podendo garantir vários benefícios para o motorista, como é o caso do controle mais efetivo da direção. Por isso, caso você tenha a intenção de comprar um novo veículo, vale a pena investir nessa tecnologia.
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