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Óleo sintético, semissintético ou mineral: qual a diferença?

Cuidar bem do carro vai muito além de abastecer e calibrar os pneus. O óleo lubrificante é fundamental para manter o motor funcionando de maneira eficiente, reduzir o atrito entre as peças internas e prolongar a vida útil do veículo. Mas ao chegar na prateleira da loja ou na oficina, muitos motoristas ficam em dúvida entre os três tipos mais comuns: mineral, semissintético e sintético.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes as diferenças entre eles, mostrar como funcionam as classificações API e SAE, esclarecer mitos e ajudar você a escolher a melhor opção de acordo com o tipo de motor, o clima da sua região e o uso do carro. Boa leitura!

O que é o óleo mineral e quando usá-lo?

O óleo mineral é o mais tradicional e econômico, produzido a partir do refino do petróleo. Apesar de receber aditivos que ajudam a reduzir o desgaste, ele apresenta menor resistência ao calor e à oxidação, o que obriga a troca em intervalos mais curtos.

Em geral, é indicado para carros mais antigos, com tecnologia de motor menos exigente, e para veículos que rodam pouco e em condições leves.

Nesses casos, cumpre bem seu papel de lubrificação sem representar um custo elevado para o motorista. O intervalo médio de troca costuma ser de 5.000 km ou a cada seis meses, mas sempre vale conferir as recomendações do manual do veículo.

O que é o óleo semissintético?

Já o óleo semissintético é resultado da combinação entre o óleo mineral e o sintético, oferecendo um equilíbrio interessante entre durabilidade, desempenho e preço.

Ele reúne parte da resistência dos sintéticos com o custo mais acessível dos minerais, tornando-se uma escolha bastante popular. É ideal para veículos de uso diário, especialmente em áreas urbanas, já que entrega boa proteção mesmo em condições de trânsito intenso.

Também atende bem carros modernos que não exigem um óleo totalmente sintético, mas pedem algo mais avançado que o mineral. Normalmente, os intervalos de troca giram em torno de 7.500 km ou seis meses.

O que é o óleo sintético e por que é mais caro?

O óleo sintético é desenvolvido em laboratório, com moléculas projetadas para oferecer o máximo de proteção contra desgaste e variações de temperatura. Por isso, ele garante desempenho superior em comparação aos demais tipos, embora tenha um custo mais elevado.

Sua fórmula resiste melhor à oxidação e ao calor, facilita a lubrificação em partidas a frio e mantém o motor protegido mesmo sob altas rotações. Por essas características, é indicado para carros novos, motores turbo e veículos de alta performance que exigem o máximo em confiabilidade.

Além disso, apresenta intervalos de troca mais longos, que podem chegar a 10.000 km ou até um ano, dependendo das recomendações do fabricante.

Quais são as diferenças entre os padrões API e SAE?

Além do tipo de óleo, o motorista precisa ficar atento às classificações que aparecem no rótulo. Elas indicam tanto a qualidade quanto a viscosidade do lubrificante:

  • API (American Petroleum Institute):
  • define a adequação do óleo ao tipo de motor;
  • a letra S indica motores a gasolina, etanol ou GNV;
  • a letra C é usada para motores a diesel;
  • quanto mais avançada a letra que acompanha a sigla, mais moderno é o padrão (ex.: API SN é mais atual que API SL).
  • SAE (Society of Automotive Engineers):
  • classifica a viscosidade do óleo em diferentes temperaturas;
  • os números são acompanhados da letra “W”, de Winter (inverno);
  • exemplo: 5W30 é mais fluido em temperaturas baixas que um 20W50, protegendo melhor em partidas a frio.

Como escolher a viscosidade correta do óleo lubrificante?

A viscosidade determina como o óleo se comporta em diferentes condições. Veja os mais usados no mercado:

  • 0W20 e 5W30: ideais para carros modernos, garantem lubrificação rápida logo na partida a frio;
  • 10W40: opção intermediária, muito usada em veículos de uso diário;
  • 20W50: indicada para motores antigos, com maior folga entre as peças.

Sempre siga o manual do veículo. Usar uma viscosidade incorreta pode aumentar o consumo de combustível, reduzir a proteção e diminuir a vida útil do motor.

É verdade que não se pode misturar óleos?

Esse é um mito comum entre motoristas. Tecnicamente, misturar óleos diferentes não provoca falha imediata, mas reduz a eficiência dos aditivos. Por isso, não é recomendado.

Outros pontos importantes:

  • a cor do óleo não indica qualidade: quando escurece, significa que está cumprindo a função de reter impurezas;
  • o que realmente importa é respeitar a especificação API/SAE indicada pelo fabricante;
  • também é fundamental trocar o óleo dentro do prazo recomendado, mesmo que o carro rode pouco.

 

 

Qual tipo de óleo lubrificante escolher para o meu carro?

A escolha depende de três fatores principais:

  • clima da região: em áreas frias, óleos menos viscosos (0W20 ou 5W30) facilitam a partida; em locais quentes, óleos mais espessos (15W40 ou 20W50) são mais adequados;
  • tipo de uso: no trânsito intenso, o desgaste é maior, exigindo trocas mais frequentes; já em viagens longas, óleos sintéticos duram mais;
  • idade e tecnologia do motor: modelos antigos funcionam bem com minerais ou semissintéticos, enquanto motores novos e turbo exigem sintéticos de alta performance.

Mas como saber qual temperatura o motor atingirá, entre outros fatores que definirão o tipo de óleo mais adequado? A verdade é que você não precisa saber disso!

Durante o processo de produção de um motor, os fabricantes fazem inúmeros testes com diferentes tipos de óleo, a fim de identificar quais são mais adequados para o uso eficiente daquela máquina específica.

Para consultar essa informação, basta procurar, no manual do veículo, a seção que fala sobre a lubrificação do motor. Lá, há as informações de qual óleo é mais adequado para o carro e de quanto em quanto tempo deve ser feita a troca. Nem será preciso se desdobrar para desvendar todo o mistério por trás disso.

Pronto para colocar a mão na massa

A esta altura, você conhece as funcionalidades dos lubrificantes e entende as diferenças entre os óleos sintético, semissintético e mineral. Além do mais, está mais bem informado e preparado para escolher adequadamente o melhor lubrificante para os veículos que chegam para você.

Escolher o óleo lubrificante certo garante uma série de cuidados: mais proteção ao motor, reduz o desgaste das peças e evita gastos desnecessários com manutenção. Respeitar a especificação do fabricante e os prazos de troca é o caminho para rodar com tranquilidade. Assim, seu carro entrega melhor desempenho e garante maior durabilidade.

Manter o óleo lubrificante em dia é só uma das formas de preservar seu veículo. Quer conhecer outros cuidados que valorizam o carro na hora da revenda? Confira nosso artigo sobre a importância da manutenção na compra e venda de automóveis!

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Publicado por
Fras-le