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6 passos para identificar uma peça automotiva falsificada

A falsificação é um problema de longa data no mercado nacional. Em parte, isso é justificado pela incisão de uma pesada carga tributária, seja sobre os itens industrializados ou importados. Porém, é sua função, como administrador competente de uma oficina mecânica, transmitir à sua clientela a importância das peças autênticas.

Afinal de contas, uma das melhores formas de demonstrar zelo pelo seu cliente é não sujeitá-lo a riscos que podem ser facilmente evitados. Portanto, para manter seus clientes fiéis, satisfeitos e assegurar o sucesso do seu negócio, evite instalar qualquer tipo de peça falsificada. Como você bem sabe, elas possuem baixa durabilidade, representando um grande para a segurança dos ocupantes do veículo.

Aprenda agora os 6 passos para identificar falsificações. Evitando-as, você reforça sua presença no mercado, aumentando sua credibilidade junto ao consumidor. Boa leitura!

Como identificar uma peça falsificada?

Não há necessidade de extensos conhecimentos de engenharia mecânica para identificar falsificações. Abaixo, você encontrará apenas seis passos, todos eles fundamentais para revelarem a autenticidade de uma peça. Entenda!

1. Valor

O preço costuma ser um indicativo universal, já que esse é o critério responsável pelo posicionamento de um produto no mercado. O que você precisa entender é que as peças genuínas possuem valores prefixados pelos fabricantes.

Uma vez nas lojas, os preços podem subir, conservando a margem de operacionalidade do negócio. Sob esse ponto de vista, é improvável que uma revenda disponibilize uma peça autêntica a um preço tão baixo, já que os valores são tabelados pelos fabricantes e posteriormente elevados pela revenda.

Dessa forma, pesquise a média do mercado para a peça em questão. Depois, deduza 20% do valor. A conclusão é que qualquer peça sendo vendida a, no mínimo, 20% abaixo da média, tem grandes chances de ser falsificada.

2. Número de série

Os fabricantes, empenhados em garantir um controle de qualidade e oferecer garantias, imprimem uma numeração referente àquela peça em específico, ainda na linha de montagem. Peças falsificadas são oriundas de fabricantes descompromissados, tanto com a propriedade intelectual — falsificação — quanto com a satisfação do cliente.

Sendo assim, ao não oferecerem um serviço de garantia, torna-se inútil imprimir o número de série. Para identificar uma peça falsificada, basta procurar pelo número de série, que não existirá, e até mesmo compará-la a uma original.

Contudo, existem fábricas falsificadoras que se dão ao trabalho da impressão, adicionando uma camada extra de “engano” ao produto. Portanto, jogue o número de série no site da fabricante original, tentando conseguir informações sobre a legitimidade do produto.

Caso não consiga, ligue o seu sinal alerta: você provavelmente tem uma peça falsificada nas mãos.

3. Certificação

Os selos certificatórios demonstram a adequação da fabricante a inúmeros e rígidos controles de qualidade. Por isso, fique atento e procure por selos do:

  • CESVI (Centro de Experimentação e Segurança Viária);
  • IQA (Instituto de Qualidade Automotiva);
  • INMETRO (Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia).

Todas essas organizações promovem extensas baterias de teste, averiguando se a peça — nacional ou importada — possui os parâmetros necessários para a comercialização no país. Você encontrará esses selos nas embalagens e manuais.

4. Aparência

A falsificação, dentro e fora do mercado automotivo, costuma ser fortemente vinculada a estética do produto. É o que acontece com óculos, relógios e roupas. É possível observar uma queda drástica de qualidade ao comparar o produto falsificado com o original.

Por isso, nesse passo você precisará se atentar a duas coisas.

Acabamento do produto

Observando a peça, procure por qualquer sinal de imperfeição, como rebarbas, riscos, falhas de impressão ou logos adulterados. Podem parecer coisas pequenas e até negligenciáveis. No entanto, fabricantes confiáveis enxergam nesses defeitos motivo suficiente para retirar a peça da linha de montagem.

Embalagem

Com a sofisticação dos falsificadores, melhora-se a apresentação do produto. Mas você ainda será capaz de identificar uma falcatrua. Portanto, analise se:

  • a embalagem tem sinais de violação;
  • as informações presentes em caixa conferem com as presentes na peça;
  • se a embalagem possuir QR Code, acesse para conseguir mais informações sobre o produto;
  • existem os dados do importador na embalagem (endereço e CNPJ) assim como as instruções em português, ambos obrigatórios para a comercialização no Brasil.

Percebeu uma ou mais peculiaridades durante a análise? Fique atento, pois é alta a probabilidade de essa peça ser falsificada.

5. Nota fiscal

Você, como gestor de uma oficina mecânica, sabe a importância da conformidade fiscal. Esse documento — a nota — certifica a procedência legal de um produto. É válido ressaltar que, ao comprar uma peça sem a nota fiscal, sonega-se imposto ao mesmo tempo em que se aumenta a probabilidade de ser um item falsificado.

Na nota, você encontrará as seguintes informações:

  • tipificação do produto;
  • fabricante;
  • modelo e série;
  • data e local de compra.

6. Fornecedor

O local ou site em que você comprará a peça também influencia muito na probabilidade de falsificação. Esse é um passo bem aplicado durante a pré-compra. Caso você nunca tenha feito uma compra bem-sucedida em determinado site de fornecedor, pesquise pela reputação dele em serviços de atendimento ao cliente.

Portais como o Reclame Aqui, ou até mesmo o sistema de pontuação do Google Maps e Facebook, podem ser suficientes para compreender a reação do consumidor em relação à credibilidade de determinado fornecedor.

De uma forma geral, ligando o “desconfiômetro” você será capaz de evitar preços propositalmente baixos, procurar por certificações e números de série, conferir embalagem e nota fiscal e, por fim, garantir ao seu cliente que ele estará levando um produto autêntico.

Devido à carga tributária, o Brasil é um país delicado para empreender. No entanto, você nunca deve comprometer a qualidade e credibilidade do seu serviço pelas dificuldades do mercado. Pelo contrário: é possível se destacar da concorrência ao oferecer serviços de qualidade num mercado pouco propício para isso.

Pelo contrário, reassegure a sua preocupação com o bem-estar e segurança do seu cliente, fazendo-o valorizar o emprego de peças genuínas, mesmo sendo mais caras.

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