Há muito tempo que a humanidade convive com os veículos, já que o primeiro automóvel produzido em larga escala foi em 1908, o Ford T. No entanto, mais de um século se passou sem que os condutores conhecessem problemas cruciais nos quatro rodas, a exemplo do motor fundido.
Sendo assim, elaboramos este conteúdo educacional, exemplificando desde o funcionamento até as situações que implicam na fundição, prejudicando o veículo permanentemente. Agora, acomode-se e acompanhe este post essencial para a compreensão de como seu automóvel funciona!
O motor funcionando
Os motores de combustão interna apresentam um funcionamento semelhante entre si. Sendo assim, as montadoras poderão variar o tamanho do cofre, as características da transmissão e modificar componentes, alcançando diferentes marcas de desempenho e autonomia.
Mas, apesar de todas as alterações possíveis, a operação desses motores seguirá um padrão, justamente por extraírem energia de maneira semelhante, utilizando algum combustível fóssil. Confira abaixo um resumo simplificado do seu funcionamento!
Primeira etapa
No momento da ignição, o motor entrará em funcionamento ativando os pistões, que iniciarão um movimento para cima e para baixo. Quando o pistão está em posição baixa, ele permite a passagem do misto de vapor de combustível com ar atmosférico para o interior da câmara, por meio da válvula de admissão.
Segunda etapa
Agora que a câmara de combustão está preenchida, a válvula de admissão se fechará. Imediatamente depois, o pistão torna a subir, comprimindo a mistura de ar e combustível vaporizado. É aqui que os combustíveis de boa qualidade e alta octanagem se sobressaem, suportando a compressão desse estágio até o momento adequado.
Terceira etapa
Assim que o pistão atingir a posição mais alta, outro componente entrará em atividade: a vela de ignição. Essa peça emitirá, eletricamente, uma pequena faísca no interior da câmara de combustão — já repleta de ar atmosférico e vapor de combustível, altamente pressurizada. Com isso, haverá uma explosão no interior da câmara, movimentando o pistão para baixo.
A energia resultante da explosão será transferida ao pistão, que, girando sobre o eixo do virabrequim, converterá essa força na energia necessária ao movimento do veículo. Essencialmente, os motores são tradutores da energia em suas diferentes formas. Afinal de contas, convertem a energia química em mecânica.
Quarta etapa
Na etapa final, o pistão torna a subir, abrindo a válvula de exaustão e expulsando os gases quentes gerados pela combustão. Assim que ela se fecha, a válvula de admissão torna a se abrir e, com isso, todo o processo se repete.
Nessa explicação, é possível observar o funcionamento de maneira quase microscópica. Mas a beleza mecânica está no fato de que todos esses eventos ocorrem em uma velocidade alucinante, com uma sincronia também surpreendente.
O motor fundido
Como você pôde observar, os motores funcionam em altíssimo estresse, com milhares de rotações por minutos. São máquinas sujeitas a operar em alta temperatura e devem contar com a simultaneidade de inúmeras etapas até o deslocamento do veículo.
Apesar de todas essas variáveis, os automóveis funcionam muito bem há muitos anos. Em realidade, como você perceberá abaixo, os motores fundem mais pela negligência dos proprietários do que por insuficiência técnica. Acompanhe!
Superaquecimento
Já é de se imaginar que essa seja uma causa perigosa a uma máquina que opere com explosões, não é mesmo? O superaquecimento ocorre justamente quando o motor perde sua capacidade de refrigeração, aumentando sua temperatura rapidamente e resultando na fundição.
Falta de lubrificação
Quando a lubrificação é ineficaz — ou inexistente —, os componentes metálicos atritarão ao contato. Some esses choques à alta temperatura no interior do cofre e terá como resultado algumas peças empenando o motor e, posteriormente, fundindo-o.
Combustível de má qualidade
As soluções adulteradas apresentam compostos químicos nocivos ao interior do motor. Não bastasse isso, a mistura de baixa pureza também implicará em uma queda no desempenho, observada no aumento do consumo.
Dada a ineficácia da mistura, o carro poderá fundir de duas maneiras. Primeiro, por meio do sobre-esforço contínuo do motor, na tentativa de extrair eficiência de um combustível de baixíssima qualidade.
Em segundo lugar, por meio do desgaste acelerado ocasionado pelo contato do combustível adulterado com os componentes internos. Isso acaba prejudicando todos os filtros, bicos e reservatórios por onde passara.
4 maneiras para evitar a fundição do motor
Agora que já demonstramos os 3 motivos mais recorrentes à fundição — todos ocasionados por negligência —, chega o momento de destacar como evitar esse incômodo, tão caro quanto inconveniente. Confira!
1. Inspecione o sistema de arrefecimento periodicamente
Esse sistema é o principal responsável pela refrigeração do seu veículo, evitando a fundição. Portanto, sempre que possível, dê uma olhada nas mangueiras dele. Identificar a presença de furos ou rachaduras que possam causar vazamentos do fluido destinado à refrigeração do motor pode evitar maiores problemas.
2. Verifique os reservatórios de água e óleo regularmente
Semanal ou quinzenalmente, verifique o nível de óleo e água em cada reservatório, preenchendo sempre que necessário. Essa prática, tão simples quanto barata, poderá evitar que o motor funda por duas razões: combatendo o superaquecimento por escassez de água na refrigeração e evitando a falta de lubrificação, de forma a garantir que o motor opere sem engasgos.
3. Abasteça em postos confiáveis
Identificar combustível adulterado pode não ser tão simples a um primeiro momento. Sendo assim, jogue seguro! Abasteça apenas em postos de sua confiança, reconhecidos regionalmente e bem estabelecidos. Essa é a melhor maneira para evitar o abastecimento de misturas suspeitas e nocivas ao seu carro.
4. Mantenha-se assíduo às revisões e manutenções programadas
Semelhante ao corpo humano, os motores precisam ser diagnosticados com certa periodicidade à prevenção de problemas maiores. Por isso, não ignore as revisões programadas, respeitando os períodos de tempo ou quilometragem — afinal de contas, as montadoras os determinam justamente por conhecerem o ciclo de desgaste de seus produtos.
Lembre-se que uma manutenção preventiva é indispensável na tarefa de evitar a fundição, pois com ela será possível identificar o desgaste acelerado dos componentes de maneira desapercebida aos donos. Assim, bastará a troca de alguma peça a um baixo custo isolado, para evitar um posterior e caro incômodo, como a retífica de um motor por inteiro.
E aí, gostou deste post examinando as principais causas de um motor fundido? Então não perca a oportunidade de conscientizar os seus amigos sobre o tema. Para tanto, basta que você compartilhe este conteúdo nas suas redes sociais!