Gestão de pessoas na oficina: TUDO (e mais um pouco) que você precisa saber
Cuidar de uma oficina mecânica não é uma tarefa fácil. São vários processos, algumas burocracias, cálculos a serem feitos, estratégias para se manter competitivo no mercado, entre outros desafios. No meio disso, ainda há a gestão de pessoas: como fazer com que os funcionários trabalhem melhor e rendam lucros para o negócio? É nesse cenário que entra o bom gestor. Você sabe, de fato, qual é o papel dele nesse processo?
Para solucionar essas e outras dúvidas, trouxemos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre gestão de pessoas na oficina mecânica. Saiba como ela funciona na prática, qual a sua importância e os benefícios de implementá-la em seu negócio. Não perca!
O que é a gestão de pessoas
A gestão de pessoas nada mais é que a soma de boas práticas e estratégias para lidar com funcionários dentro de uma empresa. Essas ações vão muito além de contratar e demitir: envolvem também — e, talvez, principalmente — a retenção de colaboradores e seu desenvolvimento no decorrer do contrato.
Geralmente, as empresas contam com o trabalho de um Departamento Pessoal (DP) estruturado e estratégico para analisar o cenário por completo. Mas não é esse grupo de pessoas que coloca a gestão em prática. Com base nos dados coletados, fica a cargo das lideranças dar o início aos planos de ação.
Nesse cenário, não pense que essa gestão se trata apenas de números e resultados. Estamos falando do capital humano. São essas pessoas que, se não forem valorizadas em seu ambiente de trabalho, podem facilmente perder a produtividade por falta de engajamento — ou pior: deixar seus postos em busca de novas oportunidades. É isso mesmo: pode levar seus melhores talentos diretamente para a porta de entrada da concorrência. E, como sabemos, não é isso que você quer, certo?
Qual é o papel do gestor?
Como falamos, cabe às lideranças colocar os planos formulados em prática, com base nos princípios de motivar, ensinar, colaborar e participar. Sua postura vai muito além de dar ordens e esperar que os resultados simplesmente apareçam. Se preciso, o bom líder deve assumir a direção e levar seus funcionários a caminhos mais adequados.
Imagine o cenário em que seus funcionários estão receosos com o futuro da profissão — sabemos que as inovações não param: surge a automação do trabalho, os carros autônomos em que a manutenção é totalmente diferente, ferramentas com tecnologia de última geração etc. Isso logo afeta a produtividade e pode ser um efeito cascata, em que a preocupação de uma pessoa toma conta de todas as outras.
Sua função é, nesse momento, motivá-los, dar dicas ou materiais de consulta e se colocar à disposição para solucionar dúvidas. Há outras ferramentas que podem ajudar nessa missão, como veremos ainda neste conteúdo.
Por onde começar?
É um posto de grande responsabilidade, não é mesmo? Além dessas atribuições, ainda existem os desafios da gestão de pessoas. Podemos elencar alguns:
- desenvolver as lideranças, de forma que sejam uma vantagem competitiva a toda equipe. Não é toda pessoa que sabe ir além de ser “chefe”;
- trabalhar bem a comunicação entre os colaboradores para que metas estejam alinhadas e o processo de produção flua com eficiência;
- saber o que os funcionários esperam da empresa e monitorar os níveis de satisfação — desde a afinidade com a função até o contentamento com seus gestores;
- montar planos de ação para diferentes tipos de colaboradores, metrificando produtividade e engajamento;
- saber exatamente o que a gestão de pessoas significa para aplicá-la de forma mais acertada.
A boa notícia é que esse último ponto você já aprendeu até o momento. Mas ainda há muito o que descobrir. Você sabe qual a importância da prática para uma oficina mecânica? É o que vamos descobrir agora.
A importância da gestão de pessoas
Sabe-se que uma empresa funciona de forma mais produtiva e estratégica quando não deixa pontas soltas, independentemente de seu ramo de atuação. O planejamento, nesse caso, é fundamental: quando todos os processos são bem alinhados e direcionados de maneira adequada, toda a equipe tem ciência dos valores e missões da oficina.
Nesse momento, você pode estar se questionando: será que vale mesmo a pena investir em gestão de pessoas? Não é um método trabalhoso demais e que movimenta as finanças da empresa sem necessidade? De forma alguma!
É preciso ter em mente que a prática é um investimento — e toda operação dessa relevância requer tempo e dinheiro. Porém, o custo-benefício é um dos pontos principais da gestão de pessoas. Em pouco tempo, você colherá bons frutos dessa mudança de administração.
No fim das contas, a boa gestão torna-se uma reação em cadeia. Um bom líder consegue reter mais talentos. Além disso, profissionais bem direcionados e capacitados atendem melhor aos clientes, fornecendo serviços responsáveis de qualidade e um pós-vendas que será um diferencial na fidelização da clientela.
Em outras palavras, é uma decisão que reflete lá na frente e traz bons resultados para a empresa. Tenha sempre em mente que, ao implementar uma boa gestão de pessoas, sua oficina conta com diversos benefícios. É sobre o que vamos falar no próximo tópico.
5 benefícios de uma gestão de pessoas na oficina
Que a gestão de pessoas é importante, agora você já está mais do que ciente. Mas, afinal, você sabe quais os benefícios de investir nessa prática no dia a dia do trabalho? A seguir, você vai conhecer alguns deles. Continue conosco!
Colaboradores motivados
A motivação dos funcionários está diretamente relacionada à valorização de seu trabalho. Para que isso se estabeleça em sua oficina, é preciso criar uma política eficiente e estratégica de gestão de pessoas.
Nesse planejamento, vale se certificar se os benefícios estão de acordo com as necessidades dos colaboradores, se eles confiam na gestão e o que esperam da empresa em contrapartida. Em outras palavras, é necessário firmar um equilíbrio entre os desejos dos funcionários e as metas da organização.
Colaboradores motivados geralmente são mais produtivos e engajados. O que isso significa? Primeiramente, uma vitória tanto para a empresa quanto para o consumidor final. Os prazos tendem a ser cumpridos, os serviços são realizados com mais agilidade, há maior preocupação com o cliente e tantos outros benefícios.
Como o sucesso de uma oficina depende da participação de todos (principalmente considerando que os funcionários são os responsáveis, de fato, por lidar com os clientes), essa conduta vai ser um fator decisivo.
Cultura organizacional fortalecida
Uma cultura organizacional forte e bem estabelecida é o que mantém a empresa em pleno funcionamento. É o que atrai os melhores profissionais para si e coloca a marca em evidência no mercado. Além disso, na maioria dos casos, motiva os talentos a continuarem vestindo a camisa.
A cultura também garante que todos os funcionários estejam na mesma sintonia, evitando possíveis desentendimentos e frustrações no futuro. Caso a oficina tenha mais de uma unidade, por exemplo, ela é importante para manter a padronização (por exemplo, de como são feitos processos) e a centralização de objetivos.
Melhoria no ambiente da oficina
Certamente você conhece alguma empresa em que os funcionários mal se suportam e são verdadeiros difamadores diante de qualquer pessoa. Muitas vezes, isso acontece porque eles perderam a vontade de trabalhar em um ambiente que ignora a cultura organizacional e, em consequência, não veem perspectivas de melhorias.
Com trabalhadores motivados em suas funções e a boa liderança desempenhada pelo gestor, cria-se, então, um ambiente de trabalho mais saudável. Se todos se respeitam, sentem-se valorizados e criam uma relação de pertencimento, o serviço flui melhor. Como vimos, isso reflete no relacionamento com os clientes, que passam a confiar mais na empresa e percebem valor nela.
Objetivos alinhados
Com a gestão de pessoas, há mais transparência. Assim, os funcionários sabem o que se espera deles, quais são os objetivos e metas da empresa, bem como o que podem fazer para alcançá-los da melhor maneira. Em resumo, obtém-se melhores resultados.
É interessante que todos saibam em que patamar a oficina se encontra (quais foram seus lucros nos últimos tempos, os prejuízos etc.) e onde ela deseja chegar. Se a gestão almeja novos clientes em poucos meses, por exemplo, vale comunicar aos colaboradores para que se envolvam. O objetivo deixa de ser somente da organização e passa a ser de todo o time. Ou seja, mais pessoas engajadas para atingir a meta e maior sentimento de pertencimento.
Retenção de funcionários
Com todos esses benefícios claros aos funcionários, eles vão sentir que são valorizados, criando-se uma sensação de bem-estar com o ambiente de trabalho. Nesse sentido, a tendência é que a taxa de turnover (ou seja, de rotatividade) diminua.
Isso é muito importante para a empresa, uma vez que demissões e desligamentos geram um alto custo. Se o funcionário tem menos de três meses, já se sente desmotivado e pede para sair, significa mais gastos com outra contratação — fora o que se paga de saldo remanescente (proporcional de férias e de 13º salário, por exemplo). Além disso, para substituir este colaborador, é necessário realizar um novo processo seletivo, treinamento e custos de contratação.
Lembra-se daquela empresa que você conhece, cujos funcionários são difamadores? Imagine se ela passasse a investir na gestão de pessoas a fim de criar planos de ação e ouvir seus colaboradores! Ela possivelmente mudaria esse cenário e, quem sabe, se tornaria um case de sucesso.
Veremos, a seguir, como usar bem essas informações para colocar a gestão de pessoas na oficina em prática. Continue conosco!
Como colocar a gestão de pessoas em prática
Até o momento, tudo bem simples. Sabendo o que é a gestão de pessoas na teoria, basta aplicá-la no dia a dia da oficina, certo? Na verdade, não é bem assim. É necessário pensar muito além dos benefícios para estruturá-la de forma eficiente e acertada.
Para não restar qualquer dúvida, separamos algumas dicas que podem ajudar (e muito) na missão de implementar a gestão de pessoas em sua oficina. Vamos lá?
Escolha os colaboradores de forma estratégica
O primeiro passo para formar uma equipe de primeira linha é definir quais serão os seus integrantes. É como escalar um time de futebol — e, nesse caso, você é o técnico. Por isso, faça escolhas estratégicas: selecione aqueles profissionais que demonstram comprometimento logo de cara e que, se possível, tenham boas referências de serviços anteriores.
No processo seletivo, apresente a eles situações hipotéticas para saber como eles lidariam com os desafios rotineiros da função, principalmente em relação a atendimento ao cliente. Questione a forma como ele trataria o dono do carro que retorna exaltado porque seu veículo deu problema poucos dias após o reparo, por exemplo.
Tenha em vista que, além do conhecimento técnico, fundamental para elevar a imagem da oficina diante dos clientes, outra habilidade que deve ser bastante valorizada é a de trabalhar em equipe.
Uma dica importante é confiar em seus instintos! Se algum candidato não tiver muita experiência, mas apresentar potencial de crescimento, é possível treiná-lo e incentivar sua capacitação. É bem provável que, tendo o interesse, sua curva de aprendizado será facilmente notada em pouco tempo.
Defina bem os processos
Na hora de planejar a contratação de funcionários, alguns cuidados são essenciais — e sim, vão além das dicas que apresentamos anteriormente. Afinal, um modelo de contrato eficaz é sinônimo de uma decisão precisa e certeira. Para seu negócio, faz mais sentido contratar pelo regime CLT ou PJ? Avalie bem essas questões, tendo em mente que não há uma resposta certa que funcione para todo tipo de empresa.
Além disso, temos hoje várias ferramentas capazes de otimizar as contratações, que começam desde o momento de selecionar os melhores candidatos. Use-as a seu favor e crie uma padronização para evitar desorganização e retrabalhos.
Mas não é somente o processo de contratação que precisa de definições claras. Vale monitorar como andam as divisões de tarefas entre os funcionários, atribuições de funções e o seguimento dos serviços. Assim, você conseguirá evitar gargalos de produção o quanto antes e poderá se preparar para mudá-los antes que apresentem algum problema.
Invista em treinamentos
Pense por um momento: é melhor contratar um profissional com anos de experiência ou treinar alguém que está começando e não carrega consigo os “vícios” da profissão? Muitas vezes, a segunda opção é mais viável financeiramente. Além disso, há o adicional de que você e sua equipe poderão treinar essa pessoa para que ela se desenvolva junto da empresa.
Mas os benefícios da capacitação não param por aí. Mesmo aquele funcionário que domina todas as técnicas da mecânica pode se beneficiar de treinamentos. Afinal, de que adianta saber lidar com os mais diversos tipos de automóveis e peças quando não há a preocupação de atender bem o cliente? Sem contar que treinamentos servem para preparar a equipe para novas tecnologias e produtos do seguimento.
Se o dono do carro se deparar com um serviço de qualidade e um atendimento espetacular, as chances de voltar mais vezes se ampliam. E o melhor: ainda podem indicar a sua oficina aos conhecidos, aumentando a sua clientela.
No fim das contas, o resultado será uma vantagem competitiva para seu negócio. Tenha em mente que não são todas as empresas que investem na capacitação de seus funcionários. Logo, os seus já estarão à frente em muitos aspectos.
Outra vantagem reflete diretamente na retenção de talentos. Quando esses colaboradores percebem os benefícios e as oportunidades proporcionados pela empresa, eles tendem a continuar por muitos anos no mesmo emprego. Caso haja possibilidades de crescimento de carreira então, melhor ainda!
Dê autonomia aos funcionários
Você contratou um bom funcionário e possibilitou a ele todo suporte para desenvolver as suas habilidades por meio de treinamentos? Então chegou o momento de dar autonomia para que ele possa entregar um serviço de qualidade e, sempre que possível, inovador.
Não pense que isso vai, de alguma forma, tirar a sua autoridade diante deles. Tendo a liberdade para tomar decisões (aplicar diferentes técnicas ou usar novas ferramentas), colaboradores ficarão ainda mais motivados. A autonomia é uma forma de o gestor mostrar valor e confiança nos conhecimentos deles.
Além disso, essa prática cria nos funcionários uma sensação de pertencimento: mais do que entender quais são as suas responsabilidades, direitos e deveres, eles sabem que são necessários para a oficina. Também têm a segurança de que seu gestor (você, no caso) se preocupa em criar esse ambiente com base em confiança e respeito.
Cuide da segurança de todos
A oficina mecânica, por mais que seja estruturada, ainda apresenta certo perigo aos funcionários — ainda mais quando as normas de segurança não são adotadas corretamente. Para não correr riscos, o ideal é acompanhar bem de perto essa questão e garantir, de fato, que seus colaboradores tenham um ambiente de trabalho mais seguro.
De acordo com a Norma Regulamentadora nº 6 da atual Secretaria do Trabalho, alguns Equipamentos de Proteção Individual (chamados de EPIs) são de uso obrigatório. Bons exemplo são as luvas, botas, protetores auriculares e óculos de proteção para quem trabalha com solda, por exemplo.
Outras dicas podem não ser obrigatórias pela legislação, mas são velhas conhecidas dos gestores. Uma delas é manter o ambiente da oficina sempre limpo e organizado. A prática é benéfica tanto para os funcionários quanto para os clientes, que têm uma noção da qualidade dos serviços logo ao entrar no estabelecimento.
Sabe quando você e sua equipe indicam ao dono do carro as manutenções preventivas frequentes no veículo? Use a mesma lógica nesse caso e verifique regularmente como estão as condições de trabalho de seus funcionários.
Mantenha a equipe sempre unida
A comunicação é uma das melhores ferramentas para se trabalhar dentro de uma equipe. É fácil e não há custos: basta alinhar todos os pontos necessários, desde metas até boas práticas de convívio. Aliada a ela, promova a ideia da colaboração. Aquela velha história de que “uma mão lava a outra”.
Quando os funcionários trabalham em sintonia, a produtividade aumenta, ninguém fica sobrecarregado e não há motivos para deixar o ambiente hostil. Por essa razão, incentive o diálogo como resposta para qualquer desentendimento, motive-os a tirarem dúvidas entre si e evitar competições desnecessárias. Deixe-os cientes da importância de uma boa convivência para que todos saiam ganhando.
Para você, gestor, uma boa prática é conhecer bem as habilidades e os pontos fracos de cada colaborador. Dessa forma, será mais fácil direcioná-los às funções que vão desempenhar melhor. Além de manter uma equipe unida, você vai garantir que todo potencial dos profissionais seja bem utilizado.
Crie recompensas
Para manter os colaboradores ainda mais motivados, é necessário investir em recompensas. Nesse momento, a transparência será sua grande aliada! Pense em planos de carreira com a cara da sua equipe, deixando bem claro quais são os aspectos avaliados. Assim, mantém a credibilidade do projeto e evita possíveis intrigas.
As formas de recompensa são diversas! Lembre-se de que dinheiro não é tudo — é claro que uma bonificação no salário deixará qualquer funcionário satisfeito. Porém, reconhecimento também é muito importante, ainda mais para aqueles profissionais “velhos de casa”.
Vale a pena levar em conta a opinião de seus funcionários para definir quais serão essas recompensas. Dessa forma, terá mais chances de tomar decisões acertadas, que atendam às expectativas de todos.
Assuma a postura de líder
Como você pôde perceber, manter uma equipe unida requer um líder para ajudar no desenvolvimento de todos os envolvidos — e quem melhor para fazer isso senão você? Por essa razão, coloque-se como a liderança que seus funcionários esperam.
Não confunda liderança com superioridade. Esteja disponível para tirar dúvidas, além de dar dicas sobre relacionamento com clientes e o cotidiano do trabalho. Eles vão desenvolver mais confiança e isso certamente refletirá na produtividade.
Saiba também os momentos certos para elogiar o bom trabalho e dar feedbacks sobre posturas que poderiam melhorar, por exemplo. Na posição de líder, você vai precisar ter pulso firme para guiar os funcionários ao melhor desempenho. Porém, quando for preciso aquele “puxão de orelha”, faça-o de forma reservada — nada pior que humilhar um colaborador na frente de seus colegas, certo?
Por fim, dê abertura para feedbacks também. Tal prática eleva os níveis de confiança em sua gestão e ainda permitem boas ideias para seu trabalho. Você terá a oportunidade de repensar algumas condutas e crescer de modo pessoal e profissional. Se, nesse processo, descobrir alguns erros, assuma-os e reavalie o cenário.
Percebeu como a gestão de pessoas na oficina é uma prática necessária? Com as dicas que apresentamos, você pode selecionar as que melhor funcionam em seu ambiente de trabalho e colocar o planejamento para rodar! Assim, você terá mais tranquilidade ao gerir seus colaboradores e estará a um passo (ou vários) de vantagem da concorrência. Não vale perder a oportunidade!
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