Especialista responde qual o momento ideal para trocar pastilha de freio

Você está atento ao calendário de revisões preventivas para trocar pastilha de freio? Não? Então, saiba que negligenciar essa atenção pode acarretar prejuízos para o seu bolso e aumentar os riscos de provocar acidentes no trânsito.

Afinal de contas, a correta manutenção dos freios é um dos cuidados preventivos mais importantes para qualquer motorista. Isso porque manter o bom funcionamento do sistema garante a eficiência da frenagem nas mais variadas situações.

Logo, um componente que merece atenção especial nessa hora é a pastilha de freio. Como ela atua em contato direto com o disco quando o pedal é acionado, o seu desgaste é inevitável.

E quando o assunto é a manutenção do seu veículo, o melhor é contar com a experiência de um especialista. Por isso, neste post, convidamos Igor Giacomet, proprietário da Mecânica Confiança e mecânico profissional há mais de 20 anos, para nos contar qual o momento certo para trocar a pastilha de freio do seu carro. Confira!

Qual é o papel da pastilha no sistema de frenagem?

As pastilhas fazem parte dos sistemas de freio a disco, que, hoje, já são encontrados na maioria dos veículos de passeio. Essa é uma opção que apresenta algumas vantagens em relação ao freio a tambor. O desgaste não influencia o curso do pedal, evita o acúmulo de sujeira e proporciona maior dissipação do calor gerado pela frenagem.

Quando o pedal de freio é acionado, a pastilha é pressionada contra o disco de freio, componente do sistema que fica acoplado à roda. As pastilhas têm uma base de aço revestida de um material mais macio, que entra em contato com o disco e provoca o atrito necessário para reduzir a velocidade do veículo.

Por serem consideradas importantes elementos de segurança do veículo, Igor destaca que é essencial optar por pastilhas de boa qualidade ao fazer a manutenção nos freios. Produtos de procedência duvidosa, além de durarem muito menos, podem colocar a segurança de todos em risco.

Como acontece o desgaste da pastilha de freio?

O próprio princípio de funcionamento das pastilhas de freio é capaz de explicar por que esse componente sofre tanto com o desgaste. Afinal, ela é submetida a uma árdua tarefa ao entrar em atrito com o disco.

E quando analisamos do que esses componentes são feitos, fica ainda mais fácil compreender isso. Enquanto as pastilhas são compostas de materiais de baixa rigidez, como resina e metais em pó, os discos de freio, geralmente, são produzidos em ferro fundido, o que os torna muito resistentes.

Apesar de as pastilhas sofrerem mais quando o sistema de freios é acionado, os discos também se desgastam, porém, mais lentamente. Com o tempo, é importante que o componente seja substituído, pois as irregularidades em sua superfície podem aumentar o desgaste das pastilhas de maneira considerável.

Quanto tempo duram as pastilhas de freio?

Tanto as pastilhas quanto o disco trabalham juntos em um sistema de redução de velocidade e parada do veículo. Também vale ressaltar, aqui, que a revisão dessa peça deve fazer parte da rotina de cuidados com o automóvel, pois trata-se de um item de segurança ativa. De todo modo, devido à importância das pastilhas, é fundamental que você conheça o seu tempo de duração.

Como você já sabe, as pastilhas são feitas de materiais abrasivos, que, quando em contato com o disco (de aço), geram a fricção necessária para reduzir o movimento do veículo. Sendo assim, o desgaste da peça ocorre de forma natural.

Tendo isso em mente, o tempo de duração de uma pastilha de freio varia de um motorista para outro, pois um dos fatores determinantes para calcular a validade da peça é a maneira como o sistema é utilizado. Afinal, quanto mais agressivo for o uso das frenagens, menor será a vida útil da peça.

Duração e uso

O desgaste das pastilhas ocorrerá de maneira diferente em um carro que roda a maior parte do tempo em rodovias, quando comparado a um veículo que circula mais em perímetro urbano. Na rodovia, o uso dos freios é menos frequente, já na cidade o sistema é acionado a todo momento, logo, é natural que o desgaste seja maior.

Normalmente, a indicação das montadoras é para que a revisão preventiva seja feita a cada 5.000 km. Especialistas em freios, por sua vez, orientam que o condutor faça a substituição da pastilha entre 30.000 e 40.000 km rodados.

Depois desse período, o desgaste nas frenagens se torna inevitável. Consequentemente, o material de fricção é reduzido até que o nível de segurança esteja no mínimo.

Essas orientações costumam ser iguais para veículos com freios ABS. Em todo caso, o ideal é que você consulte o manual do fabricante, para confirmar o período correto de trocar as pastilhas de freio do seu carro.

Freio a disco nas quatro rodas?

Também é preciso destacar que o tempo de duração das pastilhas traseiras é diferente do das dianteiras em veículos que têm freio a disco nas quatro rodas. Isso, porque, quando o carro aciona o sistema de frenagem, o centro de gravidade se desloca para frente, fazendo com que as rodas dianteiras tenham um desgaste maior.

Quais são os sinais de que é hora de trocar as pastilhas?

Como vimos, a troca da pastilha de freio é um cuidado que não deve ser postergado pelos motoristas. Esse componente é vital para a eficácia do sistema de frenagem. Para detectar o momento em que essa manutenção deve ser realizada, Igor Giacomet indica alguns sinais que exigem atenção.

Facilitando o diagnóstico, muitos desses indícios podem ser constatados a partir de uma simples inspeção visual. Nessa avaliação, é importante analisar o aspecto geral do componente e, sobretudo, a espessura das pastilhas, que não deve ser inferior a 2mm. Para confirmar as especificações do seu veículo, é ideal consultar as orientações estabelecidas pelo fabricante.

Caso seja possível visualizar rachaduras ou outros sinais de deterioração, certamente, as pastilhas já estão no final de sua vida útil.

Atenção para o pedal de freio

Outra maneira de identificar problemas com as pastilhas é observando o momento em que o pedal de freio é acionado. Quando elas estão gastas, a eficiência do sistema é bem menor, de modo que é preciso frear por muito mais tempo até que o veículo pare totalmente.

Também há casos em que o pedal de freio fica mais baixo do que o normal e em que barulhos metálicos são produzidos quando a pastilha entra em contato com o disco em movimento.

Donos de veículos automáticos devem estar ainda mais atentos, já que as pastilhas costumam se desgastar mais rapidamente nesses modelos. Hoje em dia, já é possível encontrar carros que acendem uma luz amarela no painel para indicar o nível de desgaste das pastilhas de freio.

Respeite o prazo de revisão, mesmo sem sintomas

Igor lembra ainda que, mesmo que nenhum desses sintomas seja identificado durante a direção, a dica é realizar uma inspeção de rotina nas pastilhas a cada 5 mil quilômetros. Quando a substituição for necessária, também é interessante fazer uma averiguação completa do conjunto de freios, para se certificar de que os demais componentes estão em bom estado.

E para garantir a sua total segurança ao volante, é fundamental que esse procedimento seja realizado por seu mecânico de confiança.

Quais são os riscos de não trocar a pastilha de freio no momento certo?

Quando não se obedece ao prazo definido para a troca da pastilha de freio, ocorre o desgaste total do material de revestimento, permitindo que a base de aço entre em contato com o disco de freio.

Esse descuido tem como consequência a danificação do disco, uma vez que pode causar frisos ou deformidades na peça, provocando a perda da eficiência da frenagem. Isso, naturalmente, acarreta ainda mais gastos para o proprietário do veículo, uma vez que será necessário substituir as duas peças.

No entanto, os problemas oriundos da falta de manutenção nas pastilhas de freio não se limitam ao gasto financeiro. Quando o condutor do veículo negligencia a troca da peça, ele põe em risco a própria vida, a dos passageiros e de outras pessoas que trafegam pela via. Há chances de ocorrer um acidente de trânsito aumentam significativamente.

Por esse motivo, a manutenção preventiva dessa peça é fundamental não apenas para garantir o bom desempenho do veículo, como também para preservar a vida de todos no trânsito.

Qual é a importância de escolher uma marca de qualidade na hora de trocar as pastilhas?

Ao longo da leitura deste artigo, percebemos que as pastilhas de freio são itens de grande importância para o sistema de frenagem de um veículo. Por isso, influenciam diretamente o seu bom desempenho. Considerando esse fator, fica claro que a escolha de uma marca de qualidade é crucial para garantir a eficiência da peça.

Por isso, é preciso saber escolher uma empresa de confiança, que ofereça produtos de qualidade. Para alcançar esse objetivo, atente para dois fatores. Primeiro, a nota fiscal, por meio da qual você consegue fazer valer seu direito ao segundo fator, que é a garantia dada pelo fabricante.

Além disso, é importante analisar o custo-benefício do produto. Peças de qualidade apresentam um custo maior na média do mercado. Como os produtos de baixa qualidade não têm a mesma eficiência e durabilidade, desconfie de ofertas baratas que prometem muitos benefícios. Se você desconsiderar essa lógica, com o tempo, seus gastos tenderão a ser maiores.

Produto correto para sua necessidade

Outro ponto essencial é buscar uma marca que ofereça o produto de acordo com a sua necessidade. Em regra, marcas já reconhecidas no mercado trabalham com uma gama maior de produtos, o que facilita a aquisição do item específico para o seu carro.

Além do mais, vale lembrar que existem diferentes tipos de pastilha de freio, com composição, nível de performance e preço variáveis. Então, a escolha da marca também deve levar em consideração esses quesitos.

Assim, optar por uma marca de qualidade pode exigir um investimento um pouco alto no início, mas o retorno é visto em longo prazo. Por isso, aconselhamos que você procure peças de empresas que tenham experiência no mercado e boa reputação.

Como aumentar a durabilidade das pastilhas de freio?

Indicar um período exato para a troca das pastilhas é uma tarefa praticamente impossível. Seu desgaste depende diretamente da forma como o sistema de freio é utilizado. Mesmo assim, existem cuidados que podem ser adotados pelos motoristas para aumentar sua durabilidade.

Veja, abaixo, as considerações feitas pelo nosso especialista sobre as principais práticas que contribuem para uma vida útil maior das pastilhas.

Use o freio motor

Para dar uma folga ao sistema de freios, Igor recomenda que os motoristas façam uso do freio motor sempre que as circunstâncias permitirem. O método consiste em diminuir gradativamente as marchas do veículo para reduzir sua velocidade, o que ajuda a poupar as pastilhas de freio.

Em trechos de descida, o ideal é manter o veículo sempre engatado. Isso garante um maior controle da direção e evita o uso excessivo dos freios.

Troque o fluido de freio no prazo correto

O fluido de freio tem a função de transferir a pressão exercida sobre o pedal para a pastilha, pressionando-a contra o disco. Para isso, ele apresenta algumas características especiais, como baixa compressibilidade e alto ponto de ebulição.

Assim como outros fluidos utilizados no carro, o fluido de freio também perde as suas propriedades com o passar do tempo. Por essa razão, a substituição é necessária para manter a eficiência do sistema de freio e sua durabilidade.

Evite o excesso de carga

Não é apenas a suspensão de um veículo que sofre com o excesso de carga. A frenagem também sente esse reflexo, já que, quanto mais peso, mais difícil será parar o movimento das rodas.

Nesses casos, será necessário acionar os freios com mais intensidade e por mais tempo, e isso certamente resultará em maior desgaste e menor vida útil para as pastilhas.

Faça revisões periódicas

As revisões periódicas são fundamentais para manter o sistema de freio em boas condições. Afinal de contas, é por meio delas que o mecânico consegue verificar se há sinais de desgaste das pastilhas de freios e de outros componentes, evitando o surgimento de problemas maiores.

No momento de escolher a peça, Igor Giacomet ressalta que optar pela qualidade, além de afastar gastos extras e imprevistos com o sistema de freio, é fundamental para garantir uma frenagem eficiente e segura. Para não errar na escolha, a dica é dar preferência às marcas reconhecidas, que empregam alta tecnologia e inovação no desenvolvimento de seus produtos.

Quais os principais mitos e verdades sobre as pastilhas de freio?

Apesar de ser uma peça relativamente simples, ainda assim é muito comum haver dúvidas sobre o funcionamento das pastilhas de freio. Alguns mitos e verdades tendem a ser compartilhados e reproduzidos entre motoristas, profissionais da área mecânica e proprietários de veículos.

Pensando nisso, com a ajuda do Igor Giacomet, resolvemos desmistificar alguns pontos sobre as pastilhas de freio e mostrar algumas verdades sobre esse importante componente do seu carro. Confira!

Nem todas as rodas têm pastilhas de freio

Pode até parecer estranha essa afirmação, mas ela é verdadeira. É importante deixar claro que dizer que nem todas as rodas têm pastilhas de freio não é o mesmo que dizer que nem todas elas têm freio — isso, sim, é um mito.

Na realidade, na maioria dos carros de passeio atuais, especialmente os populares, as pastilhas de freio só estão presentes nas rodas dianteiras. Nas rodas traseiras o sistema de freio utilizado é o tradicional freio a tambor — que, como se sabe, não utiliza pastilhas, mas lonas de freio.

Não tem como saber o momento certo de fazer a troca

Esse é um dos maiores mitos sobre as pastilhas de freio. Essa afirmação é falsa, pois é plenamente possível saber quando é hora de fazer a substituição das pastilhas. Na prática, é muito comum o carro dar sinais de que as pastilhas estão desgastadas e precisam ser trocadas.

Por exemplo, alguns dos sinais indicativos da necessidade de troca são:

• dificuldade para frear o carro;
• ruído agudo ao pisar no freio;
• pedal de freio muito baixo e sem firmeza;
• presença excessiva de resíduos na parte interna das rodas;
• luz indicativa acesa no painel do carro;
• estalos vindos das rodas e outros.

Ou seja, estando atento a esses sinais, você certamente poderá identificar o momento de trocar as pastilhas do seu carro.

Pode ser necessário substituir o disco junto às pastilhas

Embora nem todos os proprietários de veículos saibam, em determinadas situações é necessário, sim, fazer a troca do disco de freio junto das pastilhas. Isso acontece porque assim como as pastilhas, o disco é um componente que sofre desgaste com o passar do tempo e à medida que é utilizado.

Além disso, o disco pode sofrer algum tipo de avaria, como uma trinca ou o surgimento de sulcos. Nesses casos, a substituição é recomendada. Assim, apenas para deixar claro, embora não seja a regra trocar os discos junto das pastilhas, em alguns casos essa troca pode ser necessária.

A quilometragem indica a hora de trocar as pastilhas

Essa é uma afirmação parcialmente verdadeira. Isso porque nem sempre a quilometragem é um indicativo de desgaste das pastilhas. Por exemplo, um veículo que é utilizado mais frequentemente em rodovias certamente terá uma quilometragem mais elevada. Porém, por circular mais em estrada, o uso dos freios é menos frequente, o que aumenta bastante a durabilidade das pastilhas.

Sendo assim, embora a quilometragem possa servir como um indicador da troca das pastilhas, ela não deve ser levada em consideração de forma isolada. É necessário considerar as condições em que o carro é utilizado, pois a depender delas, o desgaste pode ser maior ou menor com a quilometragem.

Para comprovar isso, basta imaginar um carro que roda em uma grande cidade. Mesmo rodando poucos quilômetros, os freios podem ser muito utilizados, devido ao trânsito, semáforos e engarrafamentos. Tudo isso antecipa o desgaste das pastilhas.

O painel do carro pode informar sobre desgaste das pastilhas

Essa é uma das verdades sobre as pastilhas de freio. Hoje, especialmente os veículos mais modernos e caros, já saem das fábricas equipados com sensores específicos para analisar o nível de desgaste das pastilhas de freio.

Esses sensores ficam posicionados nas pinças do freio e se comunicam com a central eletrônica do carro. Dessa forma, sempre que a pastilha atinge um determinado nível de desgaste, um sinal é emitido e uma luz indicativa é mostrada no painel do carro.

Sem dúvida, essa é uma forma bastante confiável e simples de saber quando é hora de trocar as pastilhas.

As pastilhas dianteiras se desgastam antes

Isso é verdade! Em veículos que são equipados com freios a disco nas quatro rodas, o desgaste das pastilhas não acontece de forma regular. Ou seja, ainda que a frenagem ocorra em todas as rodas, as pastilhas dianteiras sofrem um maior estresse e desgaste.

Isso acontece pelo simples fato de que ao frear o carro, a maior parte do seu peso se desloca para a dianteira — é por isso que a traseira tende a levantar em freadas bruscas. Com isso, os discos e pastilhas das rodas da frente recebem uma maior carga, acelerando o seu desgaste.

Talvez você não saiba, mas essa é a justificativa para a maioria dos carros saírem de fábrica com freios a disco somente nas rodas dianteiras. Como a frenagem é mais intensa na parte frontal, as montadoras optam por utilizar um sistema mais eficiente e seguro nas rodas dianteiras, deixando as rodas traseiras com o freio a tambor.

Com base nessas informações, concluímos que trocar pastilha de freio de um veículo no período certo é fundamental para garantir o bom desempenho do sistema de frenagem. Por isso, fique atento aos prazos de revisões e procure observar a presença de ruídos quando o freio é acionado.

No mais, procure sempre o auxílio de um profissional na hora de trocar a pastilha de freio e tenha a certeza de que está utilizando uma pastilha de qualidade, que oferece segurança, eficiência e boa durabilidade.

Então, o que achou de aprender mais a troca das pastilhas de freio? Caso queira conhecer mais sobre as pastilhas Fras-le e os seus diferenciais, entre em contato conosco!