Revisão automotiva: preparamos um guia completo para você saber como e quando fazer!
O automóvel é um dos principais meios de transporte de pessoas. Ele garante maior conforto em mobilidade urbana, permitindo vantagens como agilidade em deslocamento e economia de tempo. Além disso, esses veículos fazem parte, também, da paixão de muitos motoristas, que têm como hobby cuidar do carro. Por outro lado, há pessoas que, embora utilizem o carro todos os dias, não atentam para os cuidados necessários, como fazer revisão automotiva periodicamente.
Essa atitude pode acarretar várias desvantagens ao carro e ao condutor. Em primeiro lugar, o proprietário do veículo certamente gastará mais nas reparações corretivas em comparação com as revisões programadas.
Além disso, a falta de manutenções preventivas provoca a diminuição da vida útil das peças do motor. Isso contribui para que os sistemas mecânicos percam a eficiência e se danifiquem prematuramente, além de aumentar as chances de acidentes no trânsito.
Por isso, é extremamente importante valorizar esse procedimento. Se você não tem muita noção sobre o assunto, preparamos este artigo contendo todas as informações relevantes acerca da revisão automotiva. Continue a leitura e fique por dentro de tudo!
Como funciona uma revisão automotiva?
Assim como vamos a uma consulta no médico para verificar nossas condições de saúde e realizamos uma lista de exames para avaliar se há algo de errado, algo similar deve acontecer com os automóveis. Periodicamente, essa inspeção técnica também deve ser feita, tendo como principal objetivo manter o veículo trabalhando em sua máxima performance.
Dessa forma, é preciso que, após um certo tempo de uso, o proprietário leve o seu veículo a um mecânico de sua confiança ou à concessionária em que o carro foi comprado para realizar os devidos reparos.
Basicamente, a revisão nada mais é que a inspeção geral de todos os circuitos, peças e sistemas mecânicos do automóvel com a finalidade de saber se essas partes estão operando de forma regular.
Pode-se afirmar que esse procedimento é responsável por garantir o desempenho correto do carro e por evitar o desgaste prematuro das peças. Deste modo, garante que aspectos como tempo de uso, gasto com reparações e segurança de manutenções sejam mais bem aproveitados.
Quanto ao prazo de validade da revisão, falaremos com mais detalhes a seguir. Entretanto, já podemos ressaltar que esse período depende muito das condições de uso e da quantidade de quilômetros rodados pelo veículo.
A respeito da revisão por quilômetros rodados, há indicadores preestabelecidos que ajudam o condutor a ter uma noção de quando é o momento certo para fazê-la. No entanto, caso você tenha dificuldade em controlar a quantidade de quilômetros rodados, o recomendado é levá-lo a cada seis meses para fazer um checape.
Como a revisão automotiva pode ser feita?
Para realizar a manutenção, há três possíveis situações: a solução pode ser realizada pela concessionária que é dona da marca do veículo, por um profissional mecânico de sua confiança ou por você mesmo.
Pelo próprio dono
No caso da intervenção feita pelo próprio dono do carro, ressaltamos que é um procedimento de inspeção caracterizado por uma condição básica de análise. Mesmo assim, acaba contribuindo para elevar a durabilidade das peças e um melhor desempenho do veículo.
Desse modo, ao ser sugerido que a revisão seja feita pelo dono do carro, é um equívoco pensar que o proprietário precisa ter conhecimento técnico sobre o assunto. Na verdade, são adotados procedimentos simples que podem fazê-lo identificar possíveis oportunidades de reparos. Essa atividade foca detalhes, como a quantidade de óleo presente no motor do veículo, nível do líquido de arrefecimento, a pressão de calibragem dos pneus, etc. Quando alguma irregularidade é percebida, um profissional especializado deve ser consultado a fim de confirmar o diagnóstico e providenciar o conserto.
Por profissional ou concessionária
Já em situações em que o carro terá que percorrer uma longa distância ou para modelos que são utilizados o dia todo para trabalho, além dos simples procedimentos feitos pelo dono, é sempre indicado a inspeção profissional.
Nesse caso, deve-se procurar uma oficina mecânica ou um profissional confiável para realizar uma análise geral e averiguar com mais detalhes as condições do automóvel. Além do mais, é possível fazer a revisão na própria concessionária que vendeu o veículo.
Esta é uma das opções mais confiáveis e indicadas para realizar serviços de reparação. Isso porque é possível obter desde as revisões básicas até a correção de todos os circuitos, sistemas elétricos e mecânicos do carro, ou seja, um trabalho bem detalhado de manutenção.
Mesmo com essa vantagem, em busca de economizar, muitos motoristas acabam procurando oficinas que ofereçam um menor custo, além de trabalharem com peças de segunda linha. Isso, porém, pode contribuir para que a revisão não seja feita de modo correto, gerando um gasto futuro com retrabalho. Por essa razão, se optar por buscar uma oficina, pesquise sua reputação e busque indicações. Além disso, questione sobre as peças de reposição que são utilizadas, pois a qualidade está diretamente relacionada a sua segurança.
Por que a revisão automotiva é tão importante?
Com o uso constante do automóvel, é normal que as peças e componentes se desgastem. Além disso, outros fatores podem comprometer a vida útil desses itens, como as condições da pista (se é asfalto ou estrada de chão), modo como o condutor dirige e a frequência de manutenções.
A revisão automotiva ganha importância por poder ajudar em vários fatores. Um deles é a redução dos riscos de haver danificação do carro em uma viagem, por exemplo. Ligado a isso, evita-se que o condutor sofra um acidente em decorrência de alguma avaria no sistema mecânico do carro.
Quanto à parte econômica, o proprietário consegue otimizar os gastos com reparações corretivas. Isso acontece pois as manutenções programadas permitem prolongar a vida útil dos componentes e reduzir as chances de problemas inesperados.
Por conta disso, os preços de revisão podem ser bem mais em conta, se comparados com os gastos com avarias decorrentes da negligência do condutor. Isso porque, caso a reparação não seja efetuada no tempo correto, pequenos defeitos podem ser agravados, comprometendo outras peças e sistemas do veículo.
A verdade é que muitos motoristas acabam recebendo orçamentos assustadores ao decidir resolver um determinado problema do automóvel. Entretanto, muitas vezes isso só acontece por causa de sua imprudência em não fazer a revisão no período recomendado.
Já deu para perceber a importância desse procedimento, não é? Até porque ele pode fazer você economizar mais, além de contribuir para que o veículo funcione com máxima eficiência, evitando até mesmo acidentes provocados pela falha do carro.
Quais são os principais itens revisados na manutenção preventiva?
Para realizar uma revisão automotiva eficiente, há alguns itens que precisam ser levados em conta. Veja quais são os principais!
Alinhamento e calibragem dos pneus
A princípio, podemos destacar que os pneus são peça vital para a bom estado do veículo. Isso porque, além de estarem diretamente relacionados ao movimento do carro, também possibilitam segurança e conforto ao condutor e passageiros.
Por isso, sempre fique atento à calibragem, verificando a pressão dos pneus pelo menos duas vezes ao mês. Além disso, não deixe de realizar o alinhamento e balanceamento do veículo. Esses procedimentos contribuem para evitar desgastes e manter a estabilidade do automóvel, sendo indicado realizá-los a cada 10 mil quilômetros rodados.
Com essas inspeções em dia, consegue-se economizar até mesmo em combustível. Outro fator importante da revisão preventiva é o rodízio de pneus, que permite equilibrar o desgaste entre os quatro pneus.
Velas de ignição
Outro item que faz parte da revisão preventiva é o conjunto de velas de ignição. Esse componente é responsável pela faísca que provoca a combustão do combustível e, dessa forma, a rotação do motor.
Se, por algum motivo, elas não estiverem operando de forma correta, podem acarretar um aumento do consumo de combustível, a emissão demasiada de poluentes atmosféricos e acúmulo de resíduos carbonizados na câmara de combustão, além de acelerar o desgaste das bobinas e do catalisador.
Para evitar todos esses prejuízos, deve-se realizar a verificação do estado das velas de ignição do motor a cada 10 mil quilômetros. No caso da substituição, pode variar de acordo com as condições das peças e também com base nas recomendações do fabricante do carro, que podem ser encontradas no manual do proprietário.
Dentro dessa revisão, o seu mecânico de confiança deve também conferir o estado de conservação dos cabos que ligam as velas à bobina de ignição. Nas situações em que eles apresentarem avarias, como oxidação, rachaduras, mau encaixe e ressecamento, devem ser trocados imediatamente. Isso porque os cabos em más condições podem acarretar perda de rendimento, além de falhas no motor e fuga de corrente.
Lubrificação do motor e do câmbio
A função do óleo do motor é lubrificar as partes internas, no intuito de reduzir o atrito entre elas e evitar o desgaste excessivo dos componentes. Ademais, ele mantém a temperatura interna e elimina as impurezas do conjunto.
Mas em quanto tempo eu tenho que efetuar a troca do óleo? Não há um tempo definido. No entanto, é possível estimar o momento mais adequado para fazer a substituição.
No caso de proprietários que fazem uso frequente do veículo e por longas distâncias, o recomendado é trocá-lo a cada 5 mil a 7 mil quilômetros percorridos ou a cada seis meses. Já nas situações em que o veículo não é muito utilizado, a substituição é estimada em um período de 10 mil ou em um ano de uso – o que acontecer primeiro.
Vale ressaltar que o proprietário do veículo deve, sempre que possível, fazer a verificação do nível do óleo por meio da vareta medidora. Assim, será possível identificar possíveis avarias no sistema de lubrificação e buscar a solução do problema mais depressa.
O óleo da caixa de câmbio tem a mesma função, que é a de lubrificar todas as peças internas, possibilitando refrigerar e limpar o sistema. Existem mecanismos de câmbio manual que não exigem a substituição da substância. Sendo assim, a instrução é apenas que você leve o veículo periodicamente (a cada 10 mil quilômetros) a um mecânico de sua confiança para ele realizar a inspeção do nível. completá-lo, caso esteja abaixo do valor ideal.
Para os câmbios automáticos, é aconselhável a verificação do óleo a cada 50 mil quilômetros. Alguns modelos indicam a substituição do produto, porém, esse valor de quilometragem pode ser maior ou menor.
Para ter mais segurança, você deve realizar a vistoria a cada 20 mil ou 30 mil quilômetros rodados, para poder avaliar se há vazamentos ou outros danos no sistema.
Correia dentada
A correia dentada é um dos componentes mais importantes para o funcionamento do motor. Sua função, basicamente, é interligar o eixo de comando de válvulas ao virabrequim, de modo a manter o sincronismo e garantir o controle da abertura e fechamento das válvulas conforme o movimento dos pistões.
Por conta disso, essa peça deve estar sempre trabalhando em boas condições, a fim de evitar problemas mais sérios no veículo.
A danificação desse componente em uma viagem, por exemplo, pode causar vários danos ao motor, como quebra de pistão e empeno de válvulas. A consequência, financeiramente, é um grande impasse para o proprietário do automóvel.
Para evitar que isso ocorra, o condutor pode realizar a inspeção da correia dentada durante as suas manutenções preventivas. É recomendado fazer revisão dessa peça a cada 10 mil quilômetros rodados ou de seis em seis meses.
Para os veículos que contam com correntes metálicas, porém, a necessidade de realizar a inspeção é a cada 50 mil quilômetros rodados. Isso, porque elas são mais robustas e resistentes.
Freios
Podemos afirmar que os freios estão diretamente ligados à segurança do condutor e de todos os passageiros do veículo. Por conta disso, não há como realizar uma revisão sem levar em conta a inspeção desse item.
Em seu conjunto de peças, há uma série de recursos, como pedal de acionamento, fluido de freio, cilindro mestre, servo freio, cilindro de roda, pastilhas, discos e tambores. Para que esse sistema possa operar com o máximo de eficiência, é aconselhado realizar a manutenção preventiva com base no tempo de vida útil de cada componente.
No caso das pastilhas, por exemplo, é possível utilizá-las por de 20 mil quilômetros. Já as lonas podem ser usadas em um período médio de 50 mil quilômetros. As demais peças devem ser substituídas quando apresentarem defeito. Para você ter mais noção sobre essa manutenção, pode consultar o manual do proprietário.
Qual o momento ideal para uma revisão automotiva?
Em primeiro lugar, é necessário pontuar que não existe um prazo exato de manutenção do automóvel. O que podemos sugerir é de quanto em quanto tempo o veículo precisa passar por uma revisão preventiva.
Isso, porque, embora possamos nos basear em parâmetros específicos de revisão, alguns fatores podem influenciar e modificar completamente esse tempo. Algumas variáveis que podem elevar ou diminuir o prazo de revisões são o modelo específico do veículo e a forma de condução do motorista.
Entretanto, como estimativa, é aconselhado fazer esse procedimento a cada 10 mil quilômetros ou seis meses de uso, o que vier primeiro. Mesmo assim, é preciso que o proprietário não se limite a esses prazos e, sempre que possível, faça inspeções sobre o comportamento do carro. É importante ficar sempre atento aos sinais sonoros e visuais, como trepidações e ruídos. Caso haja indícios de avarias em algum sistema, leve o veículo imediatamente a uma oficina mecânica.
Revisão de férias: o que fazer?
No período de férias, é comum as pessoas programarem uma viagem com toda a família. Nesse momento, mesmo que o proprietário do veículo tenha seguido corretamente o calendário de revisões preventivas do seu automóvel, é importante realizar um checape alguns dias antes de pegar a estrada. Confira alguns dos principais quesitos que devem ser levados em conta!
Condição dos pneus
Como já destacado, os pneus fazem parte dos principais itens de segurança do veículo. Eles são a ligação entre o carro e o solo. Por conta disso, é de suma importância que eles estejam em perfeito estado.
Vale ressaltar que, se estiverem com os sulcos em uma profundidade inferior a 1,6 mm, são classificados como “carecas” e precisam ser trocados o quanto antes. Em condições de pista molhada, esse estado do pneu pode representar um grave perigo para todos.
Outra dica é sempre dar preferência de alocar os pneus em melhor estado no eixo traseiro, pois, assim, é possível evitar que um deles estoure, deixando o condutor sem o controle do veículo. Isso ocorre porque, se o lado dianteiro for comprometido, o motorista ainda pode tentar realizar alguma operação, visto que o eixo direcional é o da frente.
Vale lembrar, também, a tarefa de calibrar os pneus seguindo as orientações do fabricante. Normalmente, a pressão é medida em um valor um pouco maior, devido à adição de carga ao veículo. Também é importante sempre fazer essa operação com os pneus frios, para obter uma calibragem mais exata, e não se esqueça de revisar também o estado do estepe.
Equilíbrio do veículo
Junto à inspeção do estado dos pneus, o condutor deve atentar para o alinhamento da direção e das condições da suspensão do carro. Isso, porque, quando o veículo se encontra desalinhado, aumenta sua instabilidade, principalmente em curvas.
No entanto, antes de tomar providências mais sérias sobre a troca de componentes, escolha um mecânico de sua confiança para realizar a avaliação do carro, para evitar que haja a substituição desnecessária de itens.
Essas peças só devem ser trocadas após um exame criterioso, pois sua durabilidade depende bastante do modo de uso do carro. Vazamentos ou ruídos são um bom indicador de que as peças precisam de uma atenção maior na revisão.
Por fim, é aconselhado que a inspeção dos amortecedores seja feita a cada 10 mil quilômetros ou em situações específicas, como em colisões com obstáculos.
Visibilidade do veículo
A visibilidade também está entre os pontos mais importantes para a segurança do automóvel. A esse respeito, principalmente em épocas de chuva, o para-brisa limpo e as palhetas em boas condições de uso são essenciais para uma boa viagem.
Nessa revisão, o proprietário deve conferir o nível do reservatório do líquido do lavador do para-brisa, acrescentando água e produto apropriado. Deve, também, checar o funcionamento de todas as luzes e lanternas do veículo, para garantir que o motorista tenha uma visão melhor e que os outros condutores na via consigam avistá-lo a distância.
Como garantir uma boa revisão do veículo?
Para que você consiga obter uma boa revisão automotiva, precisa estar atento aos procedimentos básicos de manutenção, como troca de óleo, filtros de ar, checagem do nível do líquido de arrefecimento, etc.
Além do mais, é fundamental ter um mecânico de confiança para realizar os procedimentos de análise e reparação de problemas do automóvel. Ainda, sempre faça as revisões programadas, pois, assim, é possível assegurar a qualidade de funcionamento do seu automóvel.
Vale a pena optar por peças de qualidade na revisão automotiva?
Muitos proprietários, buscando economizar com as reparações do seu carro, exigem a substituição por peças paralelas, devido ao fato de seu preço ser inferior. No entanto, na maioria dos casos, essa atitude pode representar maior desvantagem econômica, pois peças de segunda linha costumam ter uma vida útil menor que as originais, exigindo que o veículo volte à oficina prematuramente.
Por conta disso, o melhor a se fazer é optar por peças de qualidade no momento das revisões. Isso ajudará a eliminar gastos com retrabalho e aumentará a segurança do veículo.
Este foi o nosso guia completo sobre revisão automotiva. Como vimos, embora possa parecer trabalhoso e economicamente desfavorável, na realidade esse procedimento possibilita ao proprietário inúmeros benefícios. Por isso, nunca deixe de seguir o calendário de revisões preventivas e as demais tarefas de cuidado com o veículo, ok?
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