Troca de marcha: como fazer corretamente no caminhão?
Aprender como fazer a troca de marcha é um pesadelo para muitos motoristas — principalmente para aqueles que estão prestes a tirar a primeira habilitação. Entretanto, esse é um passo necessário para pilotar, visto que, dessa ação, dependem o movimento e a velocidade do veículo.
Para facilitar o aprendizado ou mesmo o treino dessa prática, é essencial entender como esse sistema funciona e seguir as dicas que vamos dar no decorrer deste artigo. Aproveite-as e melhore sua direção!
Para que serve a troca de marcha?
O sistema responsável pelas marchas é o de câmbio. Ele serve para regular a potência que o motor vai mandar para as rodas enquanto o motorista dirige. A maioria dos automóveis tem entre 5 e 6 marchas, mas já encontramos no mercado modelos com até 9.
As marchas impactam diretamente a velocidade e a performance da máquina, visto que existe uma correspondente para cada grupo de velocidade. Para se ter uma ideia, a primeira marcha funciona para sair ou trafegar com até 20 km/h. A segunda, sobe para 40 km/h. A terceira, para 60 km/h. A última, podendo ser a quinta ou a sexta, é acionada quando a velocidade está acima de 75 km/h.
Essa média serve para que o condutor perceba a necessidade de acionar cada uma delas ou reduzir para evitar que o automóvel “engasgue” ou até “morra”. Não passar a marcha correta ou demorar demais para fazer isso pode sobrecarregar o motor.
Por que é importante dominar a troca de marcha?
A demora para acionar a marcha deixa o veículo falhando ou com alta rotação do motor, ou seja, a mensagem que deve ser enviada às rodas ainda não chegou e está sendo exigido demais de outros sistemas. Além disso, o erro na troca de marcha pode desgastar a correia dentada, que é uma peça que fica no interior do motor.
Esse componente acompanha os giros que o motor faz, então, seja para acompanhar o aumento ou a redução da velocidade, ele vai trabalhando de acordo. Assim, quando esse movimento é “forçado”, a correia é danificada.
Se estiver dirigindo a 60km/h e vir um semáforo no vermelho, o motorista pode passar da terceira para a primeira marcha, sem problema. Uma dica importante para esse momento: o ideal é tirar o pé do acelerador e acionar o freio motor para que o automóvel vá perdendo a velocidade aos poucos, por conta própria.
Como fazer a troca de marchas corretamente?
O passo a passo da troca de marcha é simples, mas nem sempre a prática reflete a teoria; logo, é válido que o condutor se lembre de algumas dicas na hora de dirigir. Primeiro, vamos recapitular quais etapas seguir.
1. Tire o pé do acelerador;
2. Pise na embreagem;
3. Engate a marcha que deseja;
4. Lentamente, solte a embreagem e vá pisando no acelerador;
5. Mantenha o pé no acelerador até chegar à velocidade desejada.
Agora, atente-se a essas orientações para deixar o processo ainda mais fácil de executar!
Tome cuidado ao fazer curvas
Antes de dobrar, o motorista precisa reduzir a velocidade. Demorar para fazer isso pode acabar travando as rodas, deixando o trabalho da marcha ainda mais difícil. Pise no pedal de leve. Lembre-se que, quanto mais rápido estiver, maior a chance de perder o controle e ocorrer um acidente. Portanto, diminua e faça a curva cuidadosamente, não ultrapassando 50 km/h, principalmente se for uma fechada.
Não ultrapasse a velocidade recomendada
Em um relatório divulgado pela Organização das Nações Unidas, foi relatado que o excesso de velocidade é uma das principais causas de acidente de trânsito, sendo que este é a maior causa de morte de pessoas entre 5 e 29 anos. Um número bastante expressivo, que é possível controlar com medidas de direção preventiva, desde que adotadas por todos.
Não ultrapassar a velocidade recomendada é uma regra básica, não apenas para a fiscalização realizada pelos órgãos de trânsito, mas também como precaução, pela vida de quem dirige e trafega. Fora isso, dirigir com uma velocidade moderada contribui para zelar pelo seu automóvel, que não será exigido mais do que o normal.
Diminua de forma gradativa
Mesmo sendo possível ir da quinta marcha para a primeira, diminuir de forma gradativa preserva o sistema de câmbio do automóvel. Os componentes do motor, as rodas e as próprias marchas conseguem trabalhar melhor sem a pressão de mudar imediatamente, de 70 km/h para 15 km/h, por exemplo.
Há situações excepcionais em que vai ser exigido mais do motor e da máquina como um todo, mas faça dessas situações exatamente isso: exceções, para não prejudicar o funcionamento e evitar visitas não programadas à oficina.
Evite força exagerada
O segredo para não pular as marchas é moderar a força da mão. Se fizer o movimento com pressa ou usando força demais, provavelmente, você vai acabar pulando da primeira para a terceira — ou o processo contrário. Seja suave na hora de realizar o puxo. A alavanca foi projetada para responder a toques razoáveis.
Se estiver tendo dificuldade para passar, notando que a alavanca não está respondendo ou que as marchas não estão progredindo nem regredindo, é hora de consultar um mecânico!
Saia sempre em primeira marcha
Essa regra é básica e uma das primeiras a serem ensinadas durante as aulas práticas da autoescola. A primeira marcha serve justamente para trafegar em baixíssima velocidade — geralmente usada em estacionamentos ou áreas limitadas de tráfego. Na hora de sair, o veículo deve ser conduzido aos poucos, como se estivesse “acordando”.
Portanto, sempre engate a primeira, mesmo que esteja com pressa ou que haja urgência para sair de onde está. Se não, a chance de o automóvel “morrer” é grande.
Em relação à troca de marcha, nada como ganhar experiência no dia a dia. Ao dirigir, o motorista obtém mais autonomia para manusear a alavanca, entendendo como seu veículo funciona e identificando o que é necessário para mantê-lo “saudável”. Vale destacar que o sistema de câmbio e o motor andam juntos, e preservando um, preserva-se o outro.
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