Gestão de resíduos: como fazê-la em uma oficina mecânica?
Nos últimos anos, muito se ouviu sobre a necessidade de preservar o meio ambiente adotando hábitos sustentáveis. Isso, porque a produção anual de lixo no mundo já ultrapassa 2 bilhões de toneladas, um número bastante preocupante. Por esse motivo, muitas empresas, entre elas as oficinas mecânicas, têm buscado investir em uma gestão de resíduos, a fim de amenizar os impactos na natureza.
Além disso, só aqui no Brasil já são mais de 65 milhões de veículos que circulam pelo país. Para atender essa demanda, foi preciso expandir o mercado de oficinas mecânicas. Logo, a quantidade de lixo produzido somente nesse segmento também aumentou. Por isso, dispor de uma gestão de resíduos se tornou fundamental para garantir o descarte correto dos materiais utilizados.
Devido à importância desse assunto, preparamos este artigo para explicar para você o que é, como funciona e qual a importância de implementar a gestão de resíduos na sua oficina mecânica. Acompanhe a leitura!
O que é e como funciona a gestão de resíduos?
Devido aos inúmeros problemas ambientais, a preservação do meio ambiente se tornou, nos últimos anos, uma preocupação universal. Por esse motivo, surgiu a necessidade de inserir o conceito de sustentabilidade nas empresas, principalmente nas oficinas mecânicas, que pertencem ao grupo dos segmentos que produzem resíduos considerados prejudiciais para a natureza. O Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, mais conhecido pela sigla PGRS, é um documento com valor jurídico bastante específico. Ele demonstra para a empresa, independentemente do segmento, a maneira ambientalmente correta de ela administrar o descarte dos seus resíduos sólidos. Ou seja, por meio desse documento, a empresa consegue identificar quais são os tipos de resíduo e a quantidade de produção permitida para cada um deles. Além disso, ele serve como um guia para que o gestor faça o manuseio de forma correta, conforme o andamento das etapas de geração até a disposição final. Sem o gerenciamento correto desses resíduos, os danos provocados ao meio ambiente seriam bem maiores, uma vez que a quantidade de produtos químicos presentes nas oficinas é alta. Por isso, dispor de uma boa gestão de resíduos é fundamental para fazer a identificação dos materiais que serão descartados e, assim, definir a melhor solução tanto para o tratamento quanto para a disposição final.Por que investir na gestão de resíduos na sua oficina mecânica?
Para que a gestão da oficina seja eficiente, não basta impor uma nova metodologia de trabalho. É preciso que o gestor esteja disposto a mudar alguns hábitos na empresa, além de sempre realizar os monitoramentos. Feito isso, os resultados serão notados a médio e longo prazo. Ainda, as vantagens de investir em uma gestão de resíduos são diversas, como:- redução de gastos;
- identificação das áreas que precisam de melhorias;
- mais organização;
- menor ocorrência de acidentes;
- redução dos impactos ambientais;
- mais segurança;
- melhora na credibilidade da oficina mecânica.
Como fazer uma gestão de resíduos eficiente?
Agora que você já sabe o que é a gestão de resíduos e qual a sua importância tanto para a preservação do meio ambiente quanto para o desenvolvimento sustentável da sua empresa, vamos apresentar dicas fundamentais para se ter uma gestão de resíduos eficiente. Confira!Conheça os resíduos gerados pelo seu negócio
Sabemos que os serviços realizados em uma oficina mecânica consistem na manutenção de veículos. Por isso, durante a realização das principais atividades, como a troca do óleo lubrificante e revisões no geral, são produzidos resíduos como:- flanelas;
- estopas;
- óleo lubrificante;
- papelão;
- embalagens plásticas;
- pneus;
- latarias;
- peças usadas.
Diferencie os tipos de descarte
Após ter feito a identificação de todos os resíduos que são produzidos em sua oficina mecânica, chegou o momento de classificá-los de maneira correta. Segundo a NBR 10004, da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), os resíduos sólidos são divididos em duas classes:- classe I (perigosos): nesse grupo, estão os resíduos que, quando não gerenciados de forma correta, afetam a saúde pública e provocam danos ao meio ambiente. De forma geral, esses materiais têm características físicas, químicas ou infecciosas;
- classe II (não perigosos): nesse grupo, estão os resíduos que não oferecem, diretamente, problemas para a população e o meio ambiente. Nesse caso, são classificados como não inertes (materiais comburentes, biodegradáveis e solúveis em água); ou inertes (que não afetam a portabilidade da água).