5 pontos de atenção para a mecânica de câmbio automático
Devido à praticidade e ao conforto, os veículos com câmbio automático têm conquistado mais motoristas. Em apenas 10 anos, a venda de carros com o sistema de mecânica de câmbio automatizado e automáticos triplicou no país. Isso significa que, só no ano de 2018, foram comercializados um total de 2,47 milhões de automóveis com esse tipo de transmissão, e a tendência é que esses números aumentem.
Apesar da grande aceitação dos motoristas, muitos ainda não sabem como funciona a mecânica de câmbio automático. Então, acabam tendo dúvidas sobre a maneira correta de manusear e os cuidados que devem ter no dia a dia. Prova disso é que a falta de preparo quanto ao uso tem aumentado, infelizmente, o número de acidentes de trânsito.
Sabendo disso, preparamos este artigo para mostrar como funciona a mecânica do câmbio automático e os cuidados necessários para garantir a sua preservação. Acompanhe a leitura!
Como funciona a mecânica de câmbio automático?
Para que o câmbio automático cumpra seu objetivo, o sistema conta com o auxílio de componentes específicos para essa função. Sendo assim, as tradicionais peças de transmissão foram substituídas por dispositivos hidráulicos e módulo eletrônico. No lugar da embreagem, foi colocado um conversor de torque. Logo, as trocas de marchas acontecem de forma automática conforme os critérios do próprio sistema.
O conversor de torque é responsável por fazer a conexão entre o motor e o câmbio. Nesse caso, o óleo entra em ação para transmitir a rotação necessária. Quando o veículo precisa ficar parado com uma leve pressão no freio, o motor passa a girar no mínimo, e a pressão exercida sobre o óleo é reduzida.
Para manter essa operação em sincronia, é de suma importância garantir uma direção confortável. Se faz necessário que as trocas de marchas sejam mais suaves, proporcionando liberdade e praticidade para o condutor. O responsável por fazer a troca de marcha ser quase imperceptível é a atuação do conversor de torque com os demais componentes do sistema.
Na prática, o câmbio automático permite que você dirija sem a necessidade de passar marchas manualmente. Tudo é feito de forma automática, graças ao sistema de transmissão do veículo, que detecta a relação entre velocidade e rotação do motor.
Dessa forma, o sistema de câmbio automático identifica de forma inteligente e ágil a relação entre a velocidade do veículo e o motor e, assim, realiza a troca de marcha.
Manutenção no câmbio automático
No entanto, por ser um sistema que funciona de forma automática, os cuidados com a manutenção devem ser seguidos à risca pelo motorista para garantir sua maior durabilidade.
Então, durante as revisões rotineiras, é essencial que os filtros e o óleo do câmbio sejam trocados, e o sistema de refrigeração, verificado. Lembrando que a mão de obra deve ser feita por um profissional qualificado, que entenda como funciona a mecânica desse sistema.
Além disso, tenha em mente que o valor cobrado pelo serviço tende a ser mais caro. Quanto ao consumo de combustível, também tende a ser um pouco mais elevado, já que as trocas de marchas do sistema de câmbio automático são mais longas.
Quais são os pontos de atenção que você deve ter com a mecânica do câmbio automático?
Como já mencionamos, a realização de manutenções frequentes são cruciais para garantir a preservação e o bom funcionamento do sistema de câmbio automático.
Por esse motivo, é preciso atentar para alguns cuidados com determinados componentes do sistema e, sobretudo, com a forma como o veículo é conduzido. Veja só!
1. Verifique o lubrificante de transmissão
A lubrificação do sistema de transmissão é um dos fatores aos quais você deve ficar atento. Isso porque, na falta de manutenção, a fricção dos discos de troca e dentes do conjunto aumenta. Como consequência, há o superaquecimento e, logo em seguida, a parada do sistema.
Por esse motivo, a troca do óleo deve ser feita sempre nos períodos corretos, ou quando notar que algo não vai bem. Normalmente, os sinais emitidos pelo sistema de transmissão são trepidações durante as arrancadas e perda do rendimento.
Para saber o período certo de trocar o óleo, basta consultar o manual do fabricante. Nele, você encontrará orientações sobre o prazo e o tipo do óleo que deverá ser utilizado. De modo geral, a recomendação é que a troca do óleo mineral seja feita a cada 30.000 km. Caso o seu veículo faça uso do sintético, é aconselhável trocá-lo a cada 50.000 km.
2. Fique de olho no líquido do radiador
Outro componente que precisa de atenção. Quando negligenciado, causa prejuízos no funcionamento do veículo, uma vez que a sua função é refrigerar a transmissão. Então, se ocorrer de o propulsor automático superaquecer, isso também acontecerá com o câmbio. O resultado? A parada do seu funcionamento.
É importante ressaltar que tanto o líquido do radiador quanto o da transmissão devem ser verificados. Para isso o motor deve estar em funcionamento e com a temperatura normal. Além disso, é ideal fazer uma inspeção à procura de vazamentos, ok?
3. Saiba utilizar o câmbio automático de forma correta
A maioria dos motoristas aprendeu a dirigir em um carro com câmbio manual. Logo, é de se esperar que, na hora de conduzir um veículo com câmbio automático, faça confusão na forma como deve ser feito o manuseio do sistema de transmissão.
Então, para facilitar o processo de adaptação, separamos três dicas às quais você deve ficar atento:
- quando for estacionar o veículo, puxe o freio de mão antes de colocar o câmbio na posição “parking” (ou P). Essa ação ajuda no arranque e evita trancos;
- não se preocupe em colocar o câmbio na posição neutra (ou N) quando o carro parar em um semáforo, por exemplo. Com o tempo, esse processo é feito de forma automática pelo sistema de transmissão;
- quando precisar manobrar o veículo em um espaço pequeno como uma garagem, não cometa o erro de mudar a posição drive (ou D) para a posição ré (ou R) com o carro em movimento, pois o sistema pode ficar sobrecarregado e reduzir a vida útil do câmbio.
4. Use o freio motor
Quando o veículo tem o câmbio automático, é indicado usar o freio motor em descidas muito íngremes e longas, para que os freios não sofram com o superaquecimento e danifiquem mais rápido. Por isso, sempre que for descer uma serra, por exemplo, deixe o câmbio em marcha reduzida e utilize o freio motor.
5. Estacione em morros com o freio de mão
Independentemente de onde você escolha estacionar seu veículo, lembre-se de acionar, como primeira etapa, o freio de mão. Apenas depois coloque o câmbio na posição parking.
Quando for ligar o carro para sair, o processo deve ser feito de forma invertida. Primeiro, posicione o câmbio no drive, para, em seguida, soltar o freio de mão. Ao fazer isso, você evita que o câmbio trave na posição parking.
Viu só como a mecânica de câmbio automático é simples? Afinal de contas, basta que você atente a alguns hábitos para não causar confusão na hora de conduzir um carro com esse tipo de sistema. Para evitar o surgimento de falhas, é importante seguir com o cronograma de revisões. Lembrando sempre de priorizar oficinas mecânicas especializadas nesse tipo de serviço.
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