Carros autônomos: conheça essa tendência tecnológica
Ouvimos falar diariamente em noticiários, jornais e revistas sobre a nova tendência tecnológica no setor automobilístico: os carros autônomos. As grandes empresas multinacionais de automóveis e o próprio governo vêm realizando amplos investimentos nessa tecnologia para um bom posicionamento em um futuro próximo.
A novidade é tão empolgante e promissora que até empresas que não eram do ramo de produção de carros, como a Samsung, o Google e a Uber, estão se aventurando nesse mundo e buscando desenvolver protótipos o mais rápido possível para colocar esses veículos em circulação. Fora as empresas que já têm isso no sangue, como a Tesla.
Por isso, neste artigo vamos iniciar apresentando a você o que são os carros autônomos, suas funções, características, por que são tão diferentes e o que são capazes de fazer. Após essa introdução, vamos falar sobre a difusão dessa tecnologia no mundo e no Brasil. Por fim, abordaremos o que mudará na manutenção com a chegada desses veículos.
Interessado no tema? Então continue conosco e amplie os seus conhecimentos sobre carros autônomos.
O que são carros autônomos?
Antes de entender bem o que é, de fato, um carro autônomo precisamos conhecer os principais objetivos da criação desse novo tipo de veículo. O propósito está diretamente ligado a 4 fatores negativos dos automóveis: acidentes, engarrafamentos, barulho e emissão de poluentes.
A promessa é que esses 4 pontos levantados sejam reduzidos drasticamente, principalmente o relacionado aos acidentes, que hoje são um dos principais causadores de morte no país. Mas como esse veículo poderá ajudar nesse ponto?
A novidade dos carros autônomos se deve à utilização de diversos sensores espalhados pelo carro, o que permite que o automóvel seja guiado sem interferência humana, apenas por meio da inteligência de computadores.
Os sensores são capazes de identificar pedestres, outros veículos, obstáculos e pontos de referência presentes em ruas e estradas, funcionando como a visão do automóvel. A rápida interação entre os sensores e o computador central do carro permite que decisões sejam tomadas de forma rápida e eficiente, por meio de cálculos.
Os carros autônomos apresentam 6 níveis de autonomia reconhecidos pela National Highway Traffic Safety Administration (NHTSA):
- nenhuma automação;
- assistência limitada do motorista;
- automação parcial;
- automação condicional;
- alta automação;
- automação completa.
Os níveis apresentados acima vão desde os veículos comuns (que não apresentam automação), passam por veículos com automação parcial (que ainda exigem a presença de uma pessoa ao volante) e chegam ao nível de automação total, desejado pelos aplicativos de mobilidade urbana (Uber, Lyft e Didi Chuxing).
O que eles têm de tão diferente?
A grande diferença dos carros autônomos para os outros veículos está no aumento de segurança que eles podem proporcionar. Muitos acidentes são gerados por falhas humanas. Sendo assim, retirando o controle do carro do ser humano pode-se reduzir significativamente os erros ao volante.
Além disso, a inteligência artificial aplicada a esses modelos consegue promover outras vantagens que nós deixaríamos escapar. Confira:
- análise da pressão dos pneus;
- inexistência de pontos cegos;
- rápida resposta de frenagem em momentos de perigo;
- maior economia de combustível;
- atenção ao limite de velocidade da via;
- detecção de mudança de faixa não intencional;
- alteração da suspensão do carro quando necessário;
- contato com o resgate após colisão;
- manobras sem colisões.
Dessa forma, percebe-se que a pacote de benefícios é grande quando comparado ao dos veículos que utilizamos atualmente. Muitas pesquisas e testes estão sendo realizados para aprimorar o uso dessa tecnologia e evitar que falhas nos computadores e máquinas possam gerar acidentes.
Como está o mercado de carros autônomos no mundo?
A corrida pela produção e desenvolvimento desses tipos de automóveis está bastante acelerada no mercado mundial. Como comentado acima, a própria Google vem realizando testes há cerca de 3 anos, amadurecendo a criação do seu veículo totalmente autônomo.
A expectativa é que já neste ano sejam lançados os modelos que estarão disponíveis para a subsidiária da Google (Waymo), que realiza serviços de táxi sem motorista. Após o lançamento, a ideia é atingir 25 outras cidades em solo americano.
Volkswagen e Hyundai também são duas gigantes do setor automobilístico que planejam ter seus veículos autônomos nas ruas até 2021. Outras empresas, como Ford, Mercedes-Benz, Toyota e Nissan, também têm projetos sendo desenvolvidos a pleno vapor.
Parcerias entre as gigantes de tecnologia, aplicativos de mobilidade urbana e multinacionais do setor automobilístico também têm sido vistas como o caminho mais rápido encontrado pelas empresas para acelerar o desenvolvimento dos carros.
Jaguar e GM com a Lyft, Bosch com a AdasWork, Volkswagem com a Mobileye, entre outras, são alguns exemplos de parcerias já estabelecidas.
Como está o mercado de carros autônomos no Brasil?
No Brasil, as expectativas para utilização dos carros autônomos não são as melhores. De acordo com um estudo realizado por uma consultoria, o Brasil se encontra na 17º posição entre 20 países que apresentam aptidão para receber os veículos tecnológicos.
Os problemas elencados foram:
- legislação;
- tecnologia;
- infraestrutura;
- modelo de negócio.
Apesar das previsões das montadoras para lançamentos de veículos autônomos no Brasil ainda não serem tão claras ou serem distantes, o desenvolvimento por parte de algumas universidades está avançado.
A Universidade Federal do Espirito Santo (UFES) e a USP são universidades que vêm puxando o desenvolvimento tecnológico desses tipos de veículo no Brasil. No entanto, também esbarram em problemas como a falta de infraestrutura e de interesse por parte das empresas e do governo.
O que mudará na manutenção de carros autônomos?
Com a chegada dos carros autônomos a tendência é que o número de manutenções necessárias nos veículos caia. Com a inteligência da direção totalmente controlada por computadores, o número de colisões cairá consideravelmente e, com ele, a necessidade de reparos.
Mesmo assim os carros vão continuar apresentando elementos mecânicos que se desgastam com o tempo e precisarão ser substituídos. Essa substituição será cada vez mais programada e planejada, livre de surpresas.
Outro ponto que tende a mudar bastante é a quantidade de componentes eletrônicos e de sensores nos carros. O mecânico que não aprender a lidar com componentes tecnológicos provavelmente ficará para trás no segmento de manutenção de veículos.
Esses são alguns dos principais pontos que giram em torno dos carros autônomos. Por mais que essa seja uma tecnologia não tão presente ainda em nossas vidas, um profissional qualificado precisa estar preparado e atento às mudanças e novidades do mercado automobilístico para oferecer o melhor serviço quando chegar a hora, o que será visto como um diferencial.
Gostou de conhecer um pouco mais do mundo dos carros autônomos? Pois é, essa é uma tendência tecnológica que logo mais estará presente no nosso dia a dia. Então, compartilhe este texto nas suas redes sociais e permita que os seus amigos e colegas também fiquem por dentro de um tema tão relevante!